Quatro métodos contraceptivos para evitar a gravidez durante a amamentação
Aleitamento materno não é suficiente para impedir uma nova gestação
Após a gestação muitas pessoas acreditam que não é possível engravidar enquanto está amamentando. Neste cenário, mulheres até deixam de tomar anticoncepcionais, no entanto, é preciso cuidado. “A amamentação só se torna um contraceptivo natural quando a mulher amamenta em intervalos de 3 a 4 horas – tanto de dia quanto de noite, devido a prolactina, hormônio responsável pela produção de leite que pode impedir a ovulação e a menstruação. Assim, quando o aleitamento exclusivo é interrompido, geralmente aos 6 meses, o bebê começa a mamar menos e o estímulo para supressão da ovulação diminui, o que pode resultar e uma nova gestação. Nas mães com dificuldade para amamentar esse risco dobra, sendo necessário fazer o uso de contraceptivos”, explica Renato de Oliveira, ginecologista e infertileuta da Criogênesis.
Para não ter uma nova gestação em um curto período, o especialista separou alguns métodos contraceptivos que as mamães podem usar durante a amamentação:
DIU – Para as mães que não pensam em aumentar a família nos próximos anos, uma opção é o DIU de cobre ou hormonal. Com duração de cinco anos – hormônio, ou dez anos – cobre, além de reversíveis têm eficácia elevada e são práticos, pois a mãe não precisa ficar lembrando de usar. “O DIU deve ser colocado de 6 a 8 semanas após o nascimento do bebê, pois a inserção é mais fácil”, comenta Renato.
Pílulas – As pílulas convencionais com estrogênio não devem ser uma opção, pois podem diminuir a produção do leite. Nesse caso, vale a pena apostar nas minipílulas, que têm menor quantidade de estrogênio e são seguras na lactação.
Implante Subcutâneo – Fabricado à base de progesterona, o implante é um pequeno bastão flexível, mais fino que um palito de dente, que libera gradualmente a quantidade de hormônio diária necessária para inibir a ovulação. “Como contém apenas progesterona em sua composição, ele pode ser usado com segurança por até 3 anos, mas pode ser removido a qualquer momento”, complementa Dr. Oliveira.
Métodos de barreira – As camisinhas, tanto feminina quanto masculina, tem grande eficácia e não prejudicam a lactação. Além disso, é o único método que previne a gravidez e evita infecções sexualmente transmissíveis.
“A prescrição de qualquer método deve considerar a segurança para cada paciente conforme os critérios de elegibilidade da Organização Mundial de Saúde (OMS). Assim, a procura médica é fundamental para evitar os riscos da automedicação”, finaliza Dr. Renato.