Proibido o uso do Herbicida 2,4-D no RS
Das 143 amostras analisadas pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), apenas cinco deram positivo para a presença de deriva de 2,4D em oliveiras
O uso do herbicida 2,4D está suspenso no Rio Grande do Sul. A decisão foi tomada na manhã desta terça-feira (03/12), após reunião realizada no gabinete do Secretário de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Covatti Filho.
A Instrução Normativa que proíbe o uso do herbicida 2,4D será publicada no Diário Oficial nesta quarta-feira (04/12) e terá validade até o dia 31 de dezembro de 2019, com possibilidade de prorrogação. A proibição de uso do herbicida também está condicionada ao período de duração da greve dos fiscais agropecuários.
O secretário Covatti Filho tomou a decisão após reunião com o Grupo de Trabalho que trata do assunto formado por representantes do IBRAOLIVA, MPRS, FETAG, FECOAGRO, EMATER, FETAG, ANDAV, FARSUL, PGE e SEAPDR, onde foi acatada a recomendação do Ministério Público Estadual.
Durante a reunião o chefe da Divisão de Serviços e Insumos Agropecuários, Rafael Friedrich de Lima atualizou os números dos laudos de análise de deriva de 2,4D. Desde meados de setembro, período quando iniciaram as primeiras denúncias, foram analisadas 143 amostras, onde 132 foram positivas para presença de 2,4D, envolvendo 41 municípios no estado. Mais de 100 propriedades registraram presença de deriva do herbicida.
IMPORTANTE: das 143 amostras analisadas pela SEAPDR, apenas cinco deram positivo para a presença de deriva de 2,4D em oliveiras, sendo identificadas nos municípios de Bagé, Candiota, Cachoeira do Sul e Dom Pedrito (duas amostras).
De acordo com o presidente do IBRAOLIVA, Paulo Marchioretto, apesar da deriva ter atingido poucas propriedades onde são cultivadas oliveiras, a decisão da SEAPDR é a mais adequada para o momento.
“O Ibraoliva acompanha essa questão muito de perto e acredita que a decisão de proibição do uso do 2,4D por um período determinado ou até durar a greve dos fiscais foi a mais acertada para toda a cadeia da agricultura. Vamos seguir atentos aos próximos desdobramentos e trabalhando para que a olivicultura gaúcha sofra o menor impacto possível”, afirma o dirigente do Instituto Brasileiro de Olivicultura.