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segunda, 18 de novembro de 2024

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A coluna na terceira idade: uma questão de saúde pública

A coluna na terceira idade: uma questão de saúde pública
03 outubro
18:01 2019

Doenças da região acometem 30% da população acima dos 60 anos

Cabelos brancos ou ralos, algumas rugas e quadros dolorosos nas costas: o processo de envelhecer traz alguns “companheiros”, especialmente o último, ao indivíduo na terceira idade. Um público de grande relevância e cada vez mais prevalente em nossa sociedade, tanto que no dia 01 de outubro há uma data especial em sua celebração: o Dia Mundial do Idoso, que estimula o debate de medidas para promover mais qualidade de vida e inclusão para todos.

No que tange especialmente aos problemas de coluna, tão recorrentes na população mais velha, o neurocirurgião com foco de atuação em coluna e especialista pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), Dr. Alexandre Elias, relata que os índices são altos e se explicam devido ao processo de degeneração natural da região, que deixa o indivíduo mais suscetível ao desenvolvimento de doenças como osteoporose, artrose, hérnia de disco, espondilolistese, mielopatia cervical, entre outras.

“Pelo volume e pelas consequências funcionais debilitantes, o problema é considerado uma questão de saúde pública e necessita de medidas tanto preventivas como tratativas adequadas, a fim de obter a reintegração do indivíduo às suas atividades habituais”, ressalta Dr. Alexandre.

Por isso, campanhas estimulando a prática regular e adequada de exercícios, o controle do peso e a boa alimentação são de grande importância.  E uma vez que alguma disfunção se configure, é necessário o seguimento de métodos multidisciplinares que integrem além de medicamentos bem direcionados, as atividades de fisioterapia, terapia ocupacional e acupuntura, por exemplo.

Mesmo quando o problema se torna crônico e não responde às terapias convencionais, ainda é possível aplicar técnicas cirúrgicas modernas e minimamente invasivas, permitindo rápida recuperação do paciente e menos riscos de complicações.

“O importante é desmistificar a teoria de que as dores da idade avançada são normais e não têm solução. Elas podem ser comuns, mas devem ser tratadas visando a devolução da autonomia e bem-estar do paciente em qualquer idade”, finaliza o médico.

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