ARTIGO: A VIDA DEPOIS DA MORTE
Por Hélio Freitag
Hoje é o dia em que toda a humanidade reverencia seus mortos. É, portanto, um dia dedicado aos “chamados mortos” e vamos em romaria ao cemitério para uma visita a seus túmulos. Como de hábito, levamos flores as mais variadas a fim de depositá-las em suas lápides. Lágrimas são incontidas, por vezes. Quase sempre balbuciamos uma prece em intenção da alma daquele ente querido, saudoso, inesquecível que nos antecedeu no além túmulo. Invariavelmente é assim que procedemos. Obedecemos a um secular costume cristão. É bem verdade que muita gente se abala em ir ao cemitério. Tem medo. Não querem nem ouvir falar
Mas sobre aqueles que vão ao “Campo Santo”, quantos em meio a invocação saudosa de seus mortos não se confundem naquele ritual de tantas recordações que lhes assalta a mente? Ficam sem saber do porquê daquela visita, pois o que poderá restar do corpo que conheceram cheio de vida, e que lhes era tão familiar? Surge a dúvida, a incerteza! Não será bobagem levar flores aos mortos, mesmo simbolizando a saudade, a lembrança, ou mesmo até como homenagem? Quantos ali jazem, que até nem gostavam de flores quando vivos? Sim, e agora estar ali somente por que ali é “Dia de Finados”, o dia deles? Muitos visitantes dos cemitérios se perdem assim nos pensamentos mais variados. Não se trata de um desrespeito aos que partiram. Não. Apenas simples questionamentos.
Se recordarmos nossos parentes ou amigos falecidos, não é o corpo que nos infunde a lembrança, mas sim, o espírito, a alma, uma vez que esta é imortal. O túmulo é apenas um ponto de referência. O espírito não morre nunca, aliás, o espírito não nasce nem morre. Vive sempre. A vida é contínua, antes do nascimento, durante a vida e depois da morta! Para os materialistas essa ideia não é válida.
A vida depois da morte é um fato demonstrável, uma vez que somos espíritos com corpos e não corpos com espíritos. Por saber e conhecer profundamente essas coisas é que Jesus afirmou: “O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita”. Ou então, retrucando o homem que desejava lhe servir, mas antes precisa enterrar seu pai: “Deixa nos mortos o cuidado de enterrar seus mortos; quanto a ti vai anunciar o reino de Deus”. O Mestre sabia que o mais importante de tudo era a vida enquanto na Terra, com vistas ao futuro do espírito e sua evolução natural nos conhecimentos nas leis de Deus.
Nesta data, reverenciamos com todo respeito e admiração, mas com o coração partido pela dor e pela saudade, as figuras de nossos saudosos ausentes.
- Jornalista