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terça, 05 de novembro de 2024

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Atendimento Especializado HIV/AIDS completa 25 anos

Atendimento Especializado HIV/AIDS completa 25 anos
01 maio
13:25 2023

Serviço já registra mais de seis mil prontuários de atendimentos ao longo do período

Médico Cézar Pinheiro é o Coordenador do Serviço

Diretamente vinculado à Rede de Doenças Crônicas Transmissíveis Prioritárias (RDCTP) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o Serviço de Atendimento Especializado (SAE) em HIV/AIDS completou 25 anos de existência no dia 19 deste mês. Referência em prevenção e tratamento das pessoas que vivem com HIV/AIDS para toda a região, a unidade já registra seis mil prontuários de atendimento ao longo desses anos. Apesar de toda evolução dos procedimentos, ainda são registradas muitas situações de abandono de tratamento.

Em Pelotas, o SAE atua desde 1998, por meio de parceria entre a Prefeitura, Ebserh e Faculdade de Medicina da UFPel. “O SAE é um serviço fundamental e de extrema relevância no acompanhamento de pessoas vivendo com HIV/AIDS, prestando cuidado especializado e integral a esse público e qualificando a rede de atenção à saúde”, destaca a responsável pela Rede de Doenças Crônicas Transmissíveis Prioritárias, Greice Mattos.

De acordo com o coordenador do Serviço, doutor Cézar Pinheiro, o SAE registra crescimento e significativos avanços no atendimento a pessoas com HIV/AIDS desde sua criação. “Nossas equipes foram crescendo ao longo do tempo e, hoje, são bem maiores, interdisciplinares e altamente qualificadas. Outro avanço importante está no tratamento, muito mais simples do que antes, com apenas dois comprimidos para controle total da evolução, bem diferente do que era com os coquetéis”, apontou.

Conforme Pinheiro, também houve evolução relacionada à prevenção, com a implementação da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) em 2019. Esse é um método que previne  contra o  HIV, a partir do uso diário de um medicamento que impede a infecção pelo vírus antes mesmo do contato. A medicação, que contém tenofovir e entricitabina, prepara o organismo para enfrentar o possível contato com o vírus e evitar o desenvolvimento da doença.

A importância do tratamento

A assistente social Alayde Fernandes, que integra a equipe do SAE, reforça que a AIDS ainda é uma doença sem cura e que tem tirado a vida de muitas pessoas, principalmente jovens, além dos muitos casos de abandono do tratamento. “Essa ainda é uma situação que precisamos enfrentar, ocasionada pelo preconceito, tão logo que uma pessoa identifica que é portadora do vírus e se torna resistente ao tratamento, escondendo da própria família. Hoje, temos uma lista de abandono de cerca de 380 pessoas. É muito importante dizer que, atualmente, só morre de HIV quem não se trata, e que as pessoas precisam perder o medo ou qualquer tipo de preconceito e buscar o serviço. O tratamento é todo de graça, com uma equipe altamente qualificada.”

Com relação à prevenção, outro dado relevante está no trabalho com crianças da primeira infância, nascidas de mães com HIV/AIDS. Atualmente, são aproximadamente 86 bebês que integram a classificação de menores expostos ao vírus e que, por não poder ser amamentados, recebem alimentação especial e acompanhamento do Serviço com exames até a idade de um ano e oito meses.

Números 

O SAE conta com cerca de dois mil pacientes em tratamento que fazem uso de medicação. Em torno de 300 pessoas são atendidas pela PrEP. A equipe atual do Serviço conta com aproximadamente de 20 profissionais, dentre as mais diversas áreas, como médicos infectologistas, clínicos, pediatras, obstetras, psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros, farmacêuticos, técnicos e atendentes.

Busca pelo serviço

Qualquer cidadão pode procurar o serviço de testagem rápida junto a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou diretamente no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), localizado no Centro de Especialidades, à rua Voluntários da Pátria, 1.428, sala 407. Caso o teste seja positivo, o paciente é encaminhado para o SAE HIV/AIDS, que funciona junto ao Ambulatório da Faculdade de Medicina, atrás da Rodoviária, onde passa a integrar a agenda da Enfermagem recebendo todas as orientações, exames, consultas e protocolos do tratamento.

 

Fotos: Rodrigo Chagas/Ascom

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