Diário da Manhã

sexta, 27 de dezembro de 2024

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BRA-PEL termina empatado e a decisão é terça na Baixada

02 novembro
20:10 2013

O clássico da cautela

Pelotas e Brasil criaram pouco ofensivamente no empate por zero a zero

Brapel - Alisson 0006O Bra-Pel 356 teve raras jogadas ofensivas. As chances de gols foram escassas. A cautela tornou-se a característica do clássico na maior parte do tempo. Assim, o empate por zero a zero acabou refletindo a realidade da partida, que foi realizada neste sábado, na Boca do Lobo, abrindo a disputa da final do segundo turno da Copa Sul/Fronteira. A segunda partida será nesta terça no Bento Freitas.

O primeiro tempo teve a disputa centralizada basicamente no meio-campo. O Brasil teve mais volume de jogo e posse de bola, mas faltou poder ofensivo. Só conseguiu fazer duas finalizações, de fora da área, e sem perigo. O Pelotas chegou a ser mais objetivo no final desta etapa. Aos 44 minutos, Jefferson chutou de fora da área e Luiz Müller fez a defesa parcial, mas Felipe Garcia não conseguiu se aproveitar do rebote.

Brapel - Alisson 0003O técnico Paulo Porto trocou Régis por Bruno Coutinho no intervalo. O Pelotas voltou melhor na etapa final. Aos nove minutos, Coutinho cobrou uma falta e Luiz Müller tocou para escanteio. Na cobrança desse escanteio, o meia do Pelotas concluiu com a coxa, mas o goleiro do Brasil fez mais uma importante defesa. Aos 12, Fernando Cardozo dá um carrinho em Bruno Coutinho e é expulso.

O Pelotas pressiona, mas só conseguiu concluir de longe. Determinado, o Brasil segurava o empate. Aos 37, Cleiton arrancou num contra-ataque e foi barrado por Pedrão. O zagueiro é expulso. Aos 46, Ricardo Schneider cabeceou e a bola passou junto à trave. A chance de gol mais clara da partida.

Empate justo

“O empate foi justo, embora o Brasil tivesse tido a bola do jogo no final da partida. No primeiro tempo, nós dominamos completamente”, avaliou o vice-presidente de futebol rubro-negro, Cláudio Montanelli. O Xavante saiu de campo satisfeito com o resultado do clássico, principalmente porque jogou durante 25 minutos da segunda etapa com um jogador a menos. Fernando Cardozo foi expulso. No final do jogo, Pedrão recebeu também o cartão vermelho.

Já o Pelotas ficou com o sentimento de frustração porque poderia ter vencido em função da vantagem no número de jogadores em quase toda a segunda etapa. Atacou e pressionou, mas faltou finalização. “Faltou ser mais agudo, acreditar mais. O Daronco (Anderson, árbitro) truncou demais o jogo. O Brasil praticou o antijogo em todo o segundo tempo”, criticou o presidente do Pelotas, Ítalo Gomes.

A decisão se transfere para terça-feira, quando a história do Bra-Pel terá mais um capítulo. E dessa vez haverá festa. Resta saber ser será xavante ou áureo-cerúlea.

Equipes com defesas desfalcadas na terça-feira

Rogério Zimmermann e Paulo Porto terão as defesas desfalcadas no Bra-Pel de terça-feira, às 20h30, no Bento Freitas. A situação deles é semelhante. Eles necessitam do retorno de Cirilo e Edson Borges, que estão se recuperando de lesão, para não terem as zagas formadas por reservas.

No Brasil, Fernando Cardozo está suspenso pela expulsão no sábado. Cirilo não enfrentou o Pelotas neste primeiro jogo da final do segundo turno por causa de lesão muscular. Mas tem chance de jogar na terça. Caso contrário, a zaga rubro-negra será composta pelos dois Ricardos: Bierhals e Schneider.

Já pelo lado do Pelotas, Pedrão foi expulso e Bruno Salvador recebeu o terceiro cartão amarelo. Se Edson Borges não tiver condições de jogar, o técnico Paulo Porto terá que improvisar no setor, pois ficará com apenas um zagueiro: Heverton. Em caso de necessidade, Tiago Gaúcho deve ser escalado na linha defensiva.

Outro desfalque na equipe rubro-negra é Washington, que está suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Nunes e Márcio Hahn são as opções para essa função no time do Brasil.

Apito

Brapel - Alisson 0001Apenas Paulo Porto poupou Anderson Daronco (foto) das críticas. O lado rubro-negro continua vendo o árbitro sugestionado pelas costumeiras restrições que o Pelotas faz ao seu desempenho na Boca do Lobo. O entendimento é que Daronco deveria ter expulsado um jogador do adversário mais cedo no jogo. Já Ítalo Gomes contesta o antijogo do Brasil, o que não teria sido coibido pela arbitragem.

Mas com uma coisa todos devem concordar: Anderson Daronco foi muito melhor do que em seu Bra-Pel anterior – dia 23 de setembro. Agiu corretamente nas duas expulsões.

Pouco público

O Bra-Pel deste sábado foi o quinto num período de 75 dias. O sexto confronto entre Brasil e Pelotas está marcado para terça-feira no Bento Freitas. Caso o Brasil conquiste o segundo turno da Sul/Fronteira, haverá mais dois clássicos nos dias 8 e 11 de novembro. A repetição do Bra-Pel já se reflete na presença de público no estádio. Neste sábado, a assistência foi a mais baixa de toda esta série em 2013 – inferior, inclusive, aos clássicos das fases classificatórias. “O Bra-Pel está meio banalizado, além disso, é começo de mês e o futebol é caro para quem vem ao jogo com duas ou três pessoas”, comentou Ítalo Gomes.

Ficha Técnica BraPel 356

PELOTAS (0)

Paulo Sérgio; Igor, Pedrão, Bruno Salvador e Digão; Jovany e Paraná (Mithyuê); Régis (Bruno Coutinho), Jefferson (Elton) e Felipe Garcia; Gilmar (Heverton). Técnico: Paulo Porto.

BRASIL (0)

Luiz Müller; Wender (Nunes), Ricardo Bierhals, Fernando Cardozo e Rafael Forster (Edu Silva); Leandro Leite, Washington, Cleiton e Willian Kozlowski (Márcio Hahn); Alex Amado e Joelson (Ricardo Schneider). Técnico: Rogério Zimmermann.

Local: Estádio da Boca do Lobo, em Pelotas. Árbitro: Anderson Daronco; assistentes: Marcelo Barison e Sedenir Martins. Cartões amarelos: Bruno Salvador, Jovany, Jefferson e Gilmar (P); Wender, Leandro Leite e Washington (B). Expulsões: Pedrão (P) e Fernando Cardozo (B).


 

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