Brasil e Argentina anunciam visto único para turistas chineses
Com o objetivo intensificar o turismo internacional, Argentina e Brasil adotaram medida conjuntas relacionadas ao visto para turistas chineses. Os dois países anunciaram em Macau, durante o Fórum Global de Economia do Turismo (GTEF) que aconteceu entre os dias 13 e 15 de outubro, o visto único entre os dois países.
Um dos objetivos da iniciativa é conquistar uma parte dos 149 milhões de turistas que a China emite para o mundo atualmente. O visto recíproco será implementado nos próximos meses e prevê que se um turista chinês solicitar um visto para visitar a Argentina, terá, simultaneamente, a entrada aprovada no Brasil e vice-versa.
O Brasil anunciou também a isenção do documento aos visitantes orientais que tiverem vistos válidos para os Estados Unidos ou para o Espaço Schengen – grupo de países europeus que permitem a livre circulação de turistas – sem precisar de visto específico. Essa prática já funciona na Argentina.
“A implementação dessas iniciativas ainda não está finalizada, mas vamos construir isso com o Parlamento e com a Diplomacia. Pode estar terminado antes do final do ano”, disse o presidente da Embratur, Gilson Machado Neto. Atualmente, apenas 60 mil chineses viajam ao Brasil, um número baixo em relação ao potencial do país.
Já a Argentina experimentou uma mudança neste cenário com as iniciativas implementadas há dois anos: a já citada autorização eletrônica de viagem aos procedentes dos Estados Unidos ou Espaço Schengen e também a ampliação para 10 anos do visto para os turistas chineses. Em 2018 houve um registro 20% maior de chineses em visita ao país, em comparação ao ano anterior. Nos primeiros oito meses de 2019 a Argentina também recebeu 8% a mais de visitantes oriundos do país oriental em relação ao mesmo período de 2018.
“Estima-se que a China, até 2030, emita 500 milhões de turistas para o mundo. A China vai abrir um escritório de Turismo em São Paulo, em novembro. Então, eu diria que, sendo pouco otimista, podemos dobrar a quantidade anual de turistas chineses ao Brasil”, calculou Machado Neto.
“Por ser a América do Sul tão longe para o chinês, ele não viaja só para a Argentina ou só para o Brasil. Combina os dois destinos. Por isso, a ação conjunta dos dois países no Fórum Global de Economia do Turismo, para que o aumento seja muito maior”, completou o presidente da Embratur.
(Imagem Pixabay)