Diário da Manhã

sexta, 03 de maio de 2024

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Campanha da Fraternidade 2014 é tema de Audiência Pública

12 março
14:38 2014

A Campanha da Fraternidade 2014 foi pauta de Audiência Pública ocorrida ontem, dia 11 de março, na Câmara Municipal, às 19 horas. A mesa foi composta pelos integrantes da comissão de mobilização para a CF 2014. Entre eles, o arcebispo Metropolitano, dom Jacinto Bergmann, o coordenador de pastoral, Pe. Guilherme Barroso Panatieri, a coordenadora do Conselho Municipal da Mulher, Maria da Graça Gonçalves, Irmã Morgana Garcia, da Congregação das Irmãs
do Imaculado Coração de Maria, e vereador proponente, Ivan Duarte. Além de representantes da Cáritas Arquidiocesana.

"Justamente por ser um assunto tão difícil e delicado é que a CNBB optou por investigar e propor a reflexão e ação, para que sociedade tome conhecimento e seja influenciada a denunciar estes casos" declarou Jacinto Bergmann

“Justamente por ser um assunto tão difícil e delicado é que a CNBB optou por investigar e propor a reflexão e ação, para que sociedade tome conhecimento e seja influenciada a denunciar estes casos” declarou Jacinto Bergmann

Dom Jacinto destacou que o tema da CF 2014 foi de grande inspiração divina, visto que milhões de pessoas sofrem caladas e acorrentadas aos seus malfeitores, sem sequer serem descobertas. “Justamente por ser um assunto tão difícil e delicado é que a CNBB optou por investigar e propor a reflexão e ação, para que sociedade tome conhecimento e seja influenciada a denunciar estes casos”.

O coordenador de Pastoral, Pe. Guilherme enfatizou que esta é como uma ferida aberta na sociedade, “como mães amorosas, temos que nos aproximarmos da ferida do filho para curá-la, não podemos fechar os olhos para estes milhares de irmãos e irmãs que sofrem, precisamos agir a favor da dignidade humana, e não nos conformarmos com esta dolorosa vergonha”.

Já a coordenadora do Conselho da Mulher, Maria da Graça Gonçalves foi enfática em destacar que a Campanha da Fraternidade já vem dando seus frutos aqui mesmo em Pelotas, e que são centenas de casos em nossa cidade. De acordo com Maria da Graça, Pelotas é origem, rota e destino para pessoas traficadas, visto que é uma cidade que oferece ambiente para a prática deste crime. “Estamos tratando com uma tragédia que não é vista pela grande maioria das pessoas, isto porque, o tráfico humano não é notícia na grande mídia. Há muitos envolvidos poderosos no comando do tráfico de seres humanos, como médicos, políticos, empresários, entre outros”, denunciou.

Irmã Morgana Garcia salientou o trabalho de enfrentamento contra o tráfico de mulheres que as Irmãs ICM vêm desenvolvendo a longa data. A grande maioria das vítimas são pessoas em estado de vulnerabilidade social, cujo perfil são mulheres e também homens, jovens, com baixa escolaridade, e também grande número de crianças. Contratos enganosos com propostas tentadoras de trabalho em outros países atraem milhões de inocentes todos os anos. Muitos são explorados para a prostituição, trabalho escravo, e extração de órgãos.

Segundo dados da ONU, o tráfico humano rende cerca de U$ 32 bilhões de dólares anuais, ao lado do tráfico de entorpecentes e armas.

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