Câncer de boca atinge 14 mil ao ano no Brasil
Diagnóstico precoce, realizado por estomatologistas, aumenta a chance de cura
O câncer da cavidade oral aparece na 12º posição entre os tipos mais frequentes da doença no Brasil, sendo o 5º mais comum considerando apenas homens, que representam mais de 70% dos casos. Levantamento do Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que mais de 14 mil casos sejam registrados no país anualmente.
Segundo o cirurgião-dentista Celso Lemos, integrante da Câmara Técnica de Estomatologia do CROSP, a faixa etária que mais sofre com a doença é a dos 50 aos 60 anos. Isso porque a incidência do tabagismo, uma das principais causas da doença, é bastante alta nesse grupo. “Cerca de 80% dos pacientes diagnosticados nessa faixa etária fumam ou fumaram por muito tempo, além do consumo de álcool em excesso”, afirma o profissional.
Outros fatores estão relacionados com esse tipo de câncer, como maus hábitos de higiene oral e o vírus HPV. “Nos últimos anos foi detectada a relação entre o vírus HPV e os tumores de orofaringe (base da língua e garganta). Portanto, a recomendação é usar preservativo nas relações sexuais e vacinar meninas e meninos, a partir dos 8 anos de idade, contra o HPV”, alerta Lemos.
Diagnóstico
O diagnóstico tardio é um dos maiores problemas para quem enfrenta o câncer de boca, uma vez que, na maioria dos casos, a doença não apresenta sintomas nos estágios iniciais. Por isso a importância de consultas regulares. “Visitas periódicas as(os) cirurgiãs(ões)-dentistas e a atenção a qualquer sinal de alteração nas mucosas da boca, aumentam as chances de um diagnóstico precoce, que poderá ser feito por uma(um) estomatologista”, diz Lemos.
Os primeiros sinais do câncer bucal incluem manchas brancas ou vermelhas na mucosa da boca, aumento de volume em regiões da boca, cabeça e pescoço e feridas semelhantes a aftas, que não cicatrizam após 15 dias.