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domingo, 22 de dezembro de 2024

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Carlinhos Carneiro celebra 25 anos da Bidê ou Balde com muita emoção em Pelotas

Carlinhos Carneiro celebra 25 anos da Bidê ou Balde com muita emoção em Pelotas
09 julho
11:09 2024

Os ingressos precisam ser reservados antecipadamente pelo site www.sesc-rs.com.br/espetaculosculturais

Marcelo Gonzales @celogonzales

Na madrugada de segunda para terça, entre um jantar e muitos carinhos na filha, Carlinhos Carneiro, um artista consagrado do cenário do rock nacional, que esteve à frente da inesquecível banda Bidê ou Balde, aceita ter uma conversa comigo para rechear esse artigo com sua personalidade, com uma especial atenção e boas recordações à cidade de Pelotas e um convite especial para que a gente aproveite ao máximo o show no dia 10 de julho que faz parte da turnê em comemoração aos 25 anos da banda Bidê ou Balde.

Ao final da fala de Carlinhos eu vou colocar o local, horário e tudo mais, e queria dizer que os olhos do Carlinhos Carneiro brilham toda vez que ele recorda os bons momentos que teve ao longo desses 25 anos da Bidê. Transcrevo na íntegra sua fala contando sobre seus novos desafios de empreendedor, sua emoção de estar rodando várias cidades nessa turnê comemorativa e seu especial carinho pela nossa cidade de Pelotas com a promessa de um show que será realizado com muito carinho!

Carlinhos Carneiro: “Vamos falar agora de noite mesmo, cheguei em casa aqui, depois vou entrar na loucura da viagem… O Diário da Manhã estar divulgando o show, pra mim já é uma grande felicidade, pô, além de ainda ter gente para curtir os shows e as músicas da Bidê, ainda tem gente para falar sobre isso, então é uma alegria tremenda, né? É sinal de que a gente fez um trabalho legal! Muito obrigado! E bah, essa passagem aí por Pelotas dentro do circuito Sesc de Música é cheio de significados na verdade, cara, porque essa turnê nasceu quase sem querer. Eu queria montar um show da Bidê ou Balde no final do ano passado para celebrar os 25 anos, mas dois membros estão morando no exterior, né? A Vivi e o Sá estão morando em Portugal e não poderiam vir aqui. A Vivi tá fazendo pós-doutorado e tem uma agenda acadêmica muito complexa e ficou difícil de conciliar as coisas. E, como eu já tinha feito uma reserva da data. Eu resolvi fazer um show, e o show foi tão legal que se transformou numa turnê…” e continua: “Eu ia lá pra Europa visitar eles, passear e passar uns tempos lá com o com a minha esposa. Só que daí a minha esposa engravidou e a gente teve uma neném agora em Janeiro. E aí a gente mudou de planos, né? Fiquei por aqui resolvi transformar aquele show que foi tão legal numa turnê.”

O desafio de uma nova banda

“Quem tá me acompanhando é uma banda muito bacana com dois ex membros: o baterista Guilherme Schwertner e o baixista Lucas Juswiak da Bidê ou Balde na sua última formação e mais três grandes amigos: o Pedro Petracco,  Fu_k The Zeitgeist e  Maurício Chaise três baita músicos, né? Depois do show de Pelotas vai entrar mais uma integrante na banda que é a Iandra Cattani, uma cantora daqui de Porto. Ela vai começar nos acompanhar a partir do dia 12. No show de Pelotas ela não vai estar ainda… Botar essa galera na estrada nesse ano se tornou ainda mais significativo, primeiro porque eu tava há 7 anos longe desse repertório que é meu né? Que são as músicas que eu fiz ao lado dos meus colegas de Bidê ou Balde que tem toda uma história por trás disso e depois porque eu tava louco de saudade… em todos os lugares que eu ia tocando com o Império da Lã com Bife Simples ou com outros projetos. Sempre muita gente saudosa do espírito da Bidê num show, porque os shows que eu faço,  que a gente tava fazendo era bem diferente dos shows da Bidê e eu também tava louco de saudade, né? Matar essa saudade do Repertório dessas músicas desse universo que existia e talvez eu nem lembrasse mais que ele era dessa forma assim, matar a saudade já é essencial, e nesse ano acabou sendo significativa, né?”

Carlinhos Carneiro fala ao DM sobre os novos desafios. Foto: Gabrielo Not

O lado empreendedor

“Eu tô empreendendo, junto com o meu produtor, o Chico Bretanha, me tornando então, tipo o chefe da gurizada… contratando todo mundo, botando todo mundo para trabalhar na rua, nos shows e esse empreendimento deu certo, né? O que era um negócio que eu queria fazer um ou dois shows por mês virou um monte de shows, né? E por todo o Brasil a gente já tem shows marcados, em Belém do Pará tá fechado, estamos negociando com o Nordeste com o centro-oeste… Ah… tem um monte de coisa legal rolando assim, inclusive a ideia de manter essa banda, esse espírito, criar novas coisas, com esse mesmo pessoal, né? E com esse lance de eu virar o chefe e em seguida veio essa enchente do meio do caminho, cara… A gente vê a quanto isolada ficou o povo da cultura, o povo da arte, o povo da música e todo mundo que trabalha com isso, os técnicos, os roudies e a gente ver o quanto novamente estamos expostos… me cresceu um negócio de uma responsabilidade com os meus colegas, com o pessoal que tá trabalhando comigo. Semelhante a responsabilidade da paternidade da minha filha recém-nascida e estar conseguindo cumprir com esses deveres é maravilhoso, é uma missão por si só, cheia de significantes e significados.”

Paixão e gratidão por Pelotas

“Conseguir entrar dentro de um circuito Sesc de música com quase dez shows, é coroar esse trabalho que a gente está fazendo desde o final do ano passado, entendeu? E estar passando por Pelotas, que é uma das cidades que mais teve gente do Rio Grande do Sul pedindo para que a gente fosse, é muito importante, porque Pelotas, a gente sabe, é um dos grandes pontos culturais do Rio Grande do Sul. Muito da cultura ocidental, da cultura do exterior entrou através de Pelotas no Rio Grande do Sul. A minha família, por exemplo, é de Bagé e eu sempre ouvi meu pai, os meus tios, os primos do meu pai contando que muitas coisas vinham através de Pelotas para ele e além do mais, é uma cidade que sempre cria artistas fascinantes, né? Todos da Família Ramil são vários exemplos… Zudizilla… Eu acho que Pelotas é muito rica artisticamente e sempre senti isso quando toquei aqui, sempre senti a importância de estar fazendo música aqui é diferente de tocar em algumas outras cidade. Pelotas é uma cidade que preza pelo fazer cultural e eu nunca vou esquecer de vários shows que a gente fez aqui… a gente tocou no Laranjal e foi inacreditável, não conhecia o Laranjal e foi bem no comecinho da carreira da Bidê. A gente fez shows memoráveis no João Gilberto Bar sempre lotado, o bar bem pequenininho lotado de gente suando enlouquecida com o show da Bidê. Teve um dia que eu fiz um show no João Gilberto Bar com a bidê e antes eu fiz no Teatro Guarany com a Vera Loca uma participação e essa noite foi inesquecível. Pelotas é um lugar que eu tenho um tremendo carinho é muito importante para história da Bidê.”

Um convite aos Pelotenses e aos amigos de São Lourenço

“Além de esperar a presença de todos daqui, outro lugar que é aqui pertinho e que eu espero que vá a gente de lá para assistir o show também é São Lourenço. Cara, São Lourenço é aí também na Costa Doce pros lados de Pelotas e lá foi um lugar onde a gente fez shows clássicos da Bidê ou Balde, inclusive onde a gente conheceu pessoalmente o Marcelo Nova do Camisa de Vênus, ficamos amigos numa noite e ele nos convidou na mesma noite pra gente ser banda de apoio dele por uns 10 12 shows que a gente fez. Ao lado do Marcelo no Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, todo Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e foi uma temporada assim de Top tocar junto de um mestre que a gente era todo mundo fã de Camisa de Vênus. E eu sempre vou me lembrar que esse encontro aconteceu em São Lourenço, pode não ser Pelotas. Mas na minha cabeça tem tudo haver! Espero rever grandes amigos no show!”

Circuito Sesc

A apresentação no Sesc Pelotas será nesta quarta-feira, 10 de julho às 20h, no Auditório Sicredi, que fica na Av. Dom Joaquim, 1087, com entrada solidária mediante a doação de 2kg de alimento não perecível, na entrada do teatro. No entanto, os ingressos precisam ser reservados antecipadamente pelo site www.sesc-rs.com.br/espetaculosculturais. Carlinhos Carneiro, que levará aos palcos clássicos do rock gaúcho, como “Melissa”, “Bromélias”, “Mesmo que Mude” e muitos outros. Maiores informações podem ser obtidas pelo telefone (53) 3225-6093 ou pelo Whatsapp (53) 99131-3176.

Arte Sesc – É um dos pilares prioritários para o Sesc/RS e tem como propósitos a valorização da arte e a disseminação da cultura para a sociedade de forma democrática e acessível, com ações que proporcionem a formação de plateias dos mais diferentes públicos. Dessa forma, promove atividades culturais de teatro, música, artes plásticas, circo, literatura e cinema, com uma intensa troca de experiências para ampliar o acesso à produção artística.

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