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quinta, 02 de maio de 2024

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CASO XICO : Julgamento de PM lota o salão do Foro

CASO XICO : Julgamento de PM lota o salão do Foro
25 março
09:20 2015

Com o salão do Tribunal do Júri completamente lotado e seguidas discussões entre defesa e acusação, começou ontem o julgamento de um crime que chocou a cidade. Na madrugada de 18 de abril de 2013, o representante comercial Rodrigo da Silva Xavier, de 24 anos, foi morto por engano.

CLIMA entre pais, familiares e amigos de “Xico” ainda é de consternação

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No banco dos réus sentou o policial militar Diego Weiduschadt, de 31 anos, que dirigia o carro onde estava o também policial militar, Marcos Canez Lacerda, de 26 anos, acusado de ser o autor do disparo que provocou a morte da vítima. Por causa de um recurso impetrado pela defesa, o segundo réu será julgado em outra data.

Na presidência da sessão o juiz Paulo Ivan Medeiros. Na acusação atuou promotor José Olavo Passos, que contou com a participação de um assistente. Defendem o réu os advogados Conrado Ernani Bento Neto e Ana Andréia Louzada Corrêa, com apoio de Fabrício Matielo.

Familiares e amigos de “Xico” usando camisetas com a foto da vítima fizeram uma manifestação silenciosa por paz e justiça antes de começar o julgamento. A sessão agendada para as 9h30min iniciou com poucos minutos de atraso. Pela manhã foram ouvidas as testemunhas de acusação e à tarde as da defesa, totalizando sete pessoas arroladas.

De acordo com a denúncia do Ministério Público na madrugada de 18 de abril de 2013, os policiais militares Diego e Marcos, lotados em Amaral Ferrador, o primeiro deles de folga e o segundo em férias, se envolveram em uma briga na esquina das ruas General Telles e Félix da Cunha, logo depois de terem saído de uma boate. Na sequência os dois embarcaram em um carro dirigido por Diego e instantes depois voltaram ao local. Marcos teria descido do veículo armado com uma pistola ponto 40, de uso restrito, pertencente ao Estado e atirou contra o representante comercial, que não estava envolvido na briga. Ele foi socorrido e submetido a uma intervenção cirúrgica, mas acabou entrando em óbito. Marcos também teria efetuado disparos contra outro jovem, que, no entanto, não foi alvejado.

DIEGO o PM que dirigiu o carro em que estava o autor do disparo

DIEGO o PM que dirigiu o carro em que estava o autor do disparo

Uma das testemunhas, um capitão da Brigada Militar, disse que na ocasião do fato, a atitude tomada pelo policial militar Diego, não é a recomendada pela Corporação. Ele no mínimo deveria ter chamado a Brigada Militar, ou ter dado voz de prisão ao colega, ao invés de ajudá-lo a fugir do local. O oficial disse também que tiro para cima, dado como advertência, não é permitido.

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