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sexta, 03 de maio de 2024

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Clima prejudica desenvolvimento de hortaliças no RS

Clima prejudica desenvolvimento de hortaliças no RS
02 dezembro
17:36 2013

O clima registrado nas últimas semanas no Rio Grande do Sul, com ventos e chuvas intensas, prejudicou o desenvolvimento de algumas culturas de hortaliças em diversas regiões produtoras do Estado, de acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na quinta-feira (28/11).

No município de Canoas, ocorreram granizo e fortes ventos na última semana, atingindo áreas de produção de hortigranjeiros, principalmente no bairro Mato Grande. Conforme relatos dos técnicos locais, foram cerca de 10 minutos de intensa queda de granizo, o que provocou danos severos nos plantios. No tomate e pimentão, que estavam em fase de crescimento de fruto e amadurecimento, as perdas chegaram, em algumas propriedades, a 80%. Também houve danos nas folhosas, como alface, couve e temperos, com perdas que variaram entre 30 e 100%.

Na região do Litoral Norte, no caso da alface, em estágio final de desenvolvimento, ocorreram perdas em alguns locais devido ao vento “nordestão”, que provocou queimaduras nas bordas das folhas, inviabilizando-as para o comércio. Também ocorreu dificuldade para garantir a entrega de brócolis e couve-flor, pois o desenvolvimento dessas culturas não está correspondendo à necessidade do mercado, tendo locais com perdas dos plantios.

Na região Central do RS, nos principais municípios produtores da região, as hortaliças foram afetadas pelo excesso de chuvas, principalmente no que se refere à qualidade. Em Santiago e Silveira Marins, as folhosas estão sofrendo ataque de doenças em função do excesso de umidade. Em Santa Maria, a redução na oferta elevou os preços dos produtos.

Na região Noroeste do RS, a situação é diferente do restante do Estado. Existe boa disponibilidade de alface, e os preços das hortaliças estão se mantendo estáveis. Apesar disso, o clima exige maiores cuidados, principalmente com a irrigação, devido ao aumento da temperatura.

Perscicultura
Na Serra, tem início, de forma retardatária, a colheita do pêssego da variedade Chimarrita, que é a principal da região, devido às condições climáticas durante no período de agosto a outubro. Apesar disso, as frutas têm bom aspecto.

Na região Metropolitana do RS, em Charqueadas, a ocorrência de granizo de alta intensidade causou perdas 60% no pêssego, e de 100% na ameixa/nectarina.

Na região do Vale do Taquari, tem continuidade a colheita de pêssego de mesa. No município de Fazenda Vilanova, a colheita da cultivar Premier já atinge 90%, enquanto a colheita da cultivar Chimarrita está em 25%, mesma situação do município de Poço das Antas. Em Roca Sales, está em andamento a colheita da cultivar Premier e teve início a colheita da Chimarrita. Ocorreram perdas localizadas no município de Arvorezinha, devido ao granizo ocorrido neste mês, intempérie que ocasionou um prejuízo de 60% numa área atingida de 10 hectares. A perda estimada é de 72 toneladas.

Na região do Alto Uruguai, intensifica-se a colheita da cultivar Chimarrita, com produtividade média em torno de nove a 10 toneladas por hectare. A cultivar Precocinho, para indústria, também está sendo colhida, com produtividade de 10 toneladas por hectare. As nectarinas da variedade Nectaflor estão sendo colhidas, com produtividade em torno de sete toneladas por hectare. No último período, começou a colheita das variedades Sunred e Sunblaze. Na região Sul e no Planalto, a safra está com bons rendimento e desenvolvimento.

Grãos
A cultura do trigo encontra-se em final de colheita, apresentando os melhores resultados dos últimos anos. O produto colhido tem sido de muito boa qualidade. As poucas lavouras que ainda faltam ser colhidas apresentam, em sua grande maioria, as mesmas características.

O plantio da soja segue de forma acelerada. Todavia, em áreas onde há excesso de umidade (com maior frequência na Campanha e Depressão Central), a realização do plantio segue com alguma dificuldade. Há informações, inclusive, de locais onde foi necessário o replantio, com ocorrência, também, de fungos, principalmente de solo, que prejudicam o desenvolvimento inicial das plântulas. Em nível estadual, entretanto, a área já semeada – 65% do total previsto – apresenta bom padrão.

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