Diário da Manhã

domingo, 19 de maio de 2024

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CNT DIVULGA 19ª PESQUISA DE RODOVIAS

04 novembro
14:38 2015

Estudo da Confederação Nacional do Transporte mostra que 57,3% têm alguma deficiência no estado geral; 86,5% dos trechos são de pista simples e de mão dupla

A Pesquisa CNT de Rodovias 2015 percorreu e avaliou mais de 100 mil quilômetros de rodovias pavimentadas por todo o país, um acréscimo de 2.288 km (2,3%) em relação à Pesquisa de 2014. Esse marco demonstra ainda mais a relevância do estudo, tornando-se a cada ano uma referência ainda maior para o setor de transporte, para o governo e para vários segmentos da sociedade.

Da extensão total avaliada nessa 19ª edição, 57,3% apresentaram algum tipo de deficiência no estado geral (que inclui a avaliação conjunta do pavimento, da sinalização e da geometria da via), sendo que 6,3% estavam em péssimo estado, 16,1% ruim e 34,9% regular. Possuem condições adequadas de segurança e desempenho 42,7%, que tiveram classificação ótimo ou bom no estado geral.

Em relação ao pavimento, foram identificados 48,6% da extensão com algum tipo de deficiência. A sinalização apresenta problemas em 51,4% da extensão avaliada, e a geometria da via em 77,2%. Os problemas das rodovias brasileiras tornam-se ainda mais graves com a constatação de que 86,5% dos trechos avaliados apresentam rodovias simples de mão dupla.

A série histórica desse estudo consolidado revela a necessidade de priorizar o setor de transporte para que a logística se torne mais competitiva e para que o Brasil ofereça melhores condições de segurança para a sociedade. As indicações da Pesquisa CNT de Rodovias são uma referência para a definição e aplicação dos recursos de forma eficaz.

O principal objetivo da Pesquisa CNT de Rodovias é contribuir com o transportador rodoviário do Brasil, apontando as deficiências e as necessidades de melhoria da infraestrutura das rodovias por meio de avaliação dessas características – pavimento, sinalização e geometria da via. O modal rodoviário possui a maior participação na matriz de transporte de cargas (61%). Portanto, investir em rodovias e na integração com os outros modais é fundamental para o desenvolvimento do país.

 

A interminável RS737, conhecida como Federeca, sempre em obras

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73,6% DA EXTENSÃO AVALIADA NO RIO GRANDE DO SUL TÊM ALGUMA DEFICIÊNCIA

Na 19ª Pesquisa CNT de Rodovias 2015, 73,6% (6.385 km) da extensão avaliada no Rio Grande do Sul apresentam algum tipo de deficiência, sendo o estado geral classificado como regular, ruim ou péssimo. Somente 26,4% (2.283 km) tiveram classificação ótimo ou bom. A Pesquisa da Confederação Nacional do Transporte percorreu 8.668 km no Estado e, em todo o Brasil, foram mais de 100 mil km avaliados. No Rio Grande do Sul, estima-se que são necessários R$ 6,24 bilhões de investimentos para a reconstrução, restauração e a manutenção dos trechos de rodovias danificadas.

BR471, Estrada do Taim, é considerada em estado “Bom”, mesmo com trechos danificados

BR471, Estrada do Taim, é considerada em estado “Bom”, mesmo com trechos danificados

Pavimento – No pavimento, são consideradas as condições da superfície da pista principal e do acostamento. Em relação ao pavimento, o estudo classificou como regular, ruim ou péssimo 59,8% da extensão avaliada no Estado, enquanto que 40,2% foram considerados ótimos ou bons. 40,3% da extensão pesquisada apresentam a superfície do pavimento desgastada.

Sinalização –  Nessa variável, são observadas a presença, a visibilidade e a legibilidade de placas ao longo das rodovias, além da situação das faixas centrais e laterais. O estudo apontou que há problemas em 71,5% da sinalização. Em 28,5%, ela é ótima ou boa. Em 8,1% da extensão avaliada no Estado não foram localizadas placas de limite de velocidade. Analisando a extensão onde foi possível a identificação visual de placas, 37,4% da extensão apresentaram placas desgastadas ou totalmente ilegíveis.

Geometria da via – O tipo de rodovia (pista simples ou dupla), a presença de faixa adicional de subida, de pontes, de viadutos, de curvas perigosas e de acostamento estão incluídos na variável geometria. A pesquisa constatou que 78,2% da extensão das rodovias pesquisadas no Rio Grande do Sul não têm condições satisfatórias de geometria. 21,8% tiveram classificação ótima ou boa. O Estado tem 92,9% da extensão das rodovias avaliadas na pesquisa de pista simples de mão dupla.

Pontos críticos – Em toda a extensão das rodovias avaliadas no Estado, a Pesquisa CNT de Rodovias 2015 identificou 56 trechos com buracos grandes.

Custo operacional – Rodovias com deficiência reduzem a segurança de quem circula por elas, além de aumentar o custo de manutenção dos veículos e o consumo de combustível. No Rio Grande do Sul, o acréscimo do custo operacional devido às condições do pavimento chega a 33,6% no transporte rodoviário.

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