Com aumento no faturamento, pequenos negócios gaúchos projetam um próximo bimestre com otimismo
Pesquisa do Sebrae RS indica que 37% dos empreendedores gaúchos pretendem expandir suas atividades
Crescimento no faturamento e otimismo. Assim os empreendedores gaúchos recebem o segundo semestre do ano, conforme aponta o mais recente levantamento do Sebrae RS junto aos pequenos negócios gaúchos. A pesquisa, realizada entre os dias 3 e 16 de julho, ouviu empresários de Micro e Pequenas Empresas (MPE) e Microempreendedores Individuais (MEI) gaúchos dos setores do comércio, serviço, indústria e agronegócio.
Num crescimento consistente desde o início de 2023, quando apenas 10% indicavam aumento do seu faturamento, agora em julho este percentual passou para 17% das empresas pesquisadas, sendo que para 87% delas o crescimento foi de até 30%.
Neste cenário de melhora do faturamento, 37% dos respondentes revelaram que pretendem expandir seus negócios, 6 pontos percentuais a mais em relação à pesquisa anterior, e 57% têm a intenção de manter as atividades nos próximos dois meses. Apenas 5% querem reduzir as atividades e 1% sinalizam intenção de encerrar o negócio.
No que diz respeito à situação da economia do estado no próximo bimestre, aumentou em 3 pontos percentuais o número de empresários que estão confiantes na melhora do cenário, chegando a 40% dos entrevistados. Com mais força, o percentual de empresários que estão confiantes na melhora da situação do seu ramo de atividade saltou 6 pontos percentuais, subindo de 49% para 55%.
“A virada do semestre materializa nossas previsões anteriores quanto à retomada da confiança entre os empreendedores de forma geral. Os números refletem isso”, avalia o diretor-superintendente do Sebrae RS, André Godoy (foto de Cassiano de Jesus Conchi), que prevê uma aceleração na recuperação da economia. “O recuo da inflação, o início do ciclo de queda da SELIC, e os eventos característicos do segundo semestre, fazem crer que o fechamento de 2023 será muito positivo para as MPEs gaúchas”, conclui.
Faturamento
- 17% dos entrevistados tiveram aumento. Trata-se do maior índice do ano, frente aos 15% e aos 10% registrados nos dois últimos bimestres, respectivamente. Para aquelas empresas que indicaram aumento, foi sinalizado que esta elevação de faturamento é de até 30% para 87% dos respondentes.
- A porcentagem dos empreendedores que indicaram ter tido queda de faturamento caiu 4 pontos percentuais na comparação com o período anterior, chegando a 47% dos entrevistados.
Crédito
- A busca por crédito registrou o maior índice do ano, com 27%, percentual ligeiramente superior aos 22% e 26% registrados nos dois últimos bimestres, respectivamente.
- O tíquete médio adquirido também é recorde no ano: R$ 113 mil frente aos R$73 mil e R$ 98 mil recebidos em média nos dois últimos bimestres, respectivamente.
O estado de espírito do empreendedor também foi avaliado pelo estudo. Ao serem questionados sobre qual frase melhor representa a situação que vivem o momento, os empreendedores responderam:
- 37% se dizem SATISFEITOS – os desafios recentes provocaram mudanças valiosas
- 22% se dizem ANIMADOS – frente às novas possibilidades
- 8% se dizem ALIVIADOS – o pior já passou
- 33% se dizem AFLITOS – ainda têm dificuldade com o negócio