Cortejo Cultural presta homenagem ao Theatro Sete de Abril
Dezenas de pessoas participaram, no início da noite desta segunda-feira, dia 7 de abril de 2014, do Cortejo Cultural promovido pela Associação Amigos do Theatro Sete de Abril (Amasete). O ato, celebrado na data que originou o nome do espaço, visou a integração de artistas e sociedade pelotense, a promoção da arte e da cultura no Município e a valorização do Theatro Sete de Abril.
Evento reuniu diversos artistas e amantes da arte
Foto: Eduardo Beleske
Interditado pelo Ministério Público em março de 2010, o Sete de Abril, está sendo restaurado com recursos federais, por iniciativa da prefeitura de Pelotas. A primeira fase, referente à reconstrução da cobertura do prédio, deve estar concluída em dois meses. A previsão é de que o primeiro teatro construído no Rio Grande do Sul e um dos mais antigos em funcionamento no Brasil reabra suas portas até o final de 2015.
Artistas, músicos, produtores culturais, gestores municipais e amantes da arte e do teatro histórico se concentraram na Esplanada, a partir das 18h. Crianças usando figurinos cênicos entregavam folhetos com orientações da Amasete para o público que frequenta teatros – abordando tópicos como a importância da pontualidade e a inconveniência do atendimento de celulares e das filmagens e fotografias tiradas durante o espetáculo, entre outros – e a letra da canção “Eu sou o Sete”, composta especialmente para homenagear o teatro pelos músicos Ronaldo Pedra e Sulimar Rass. Pedra entoou a canção e convidou os presentes a acompanhá-lo.
Por volta das 19h todos saíram em cortejo pela Praça Coronel Pedro Osório, animado por marchinhas carnavalescas tocadas pelo grupo Cuicapel, e deram a volta no “redondo” – entorno da Fonte das Nereidas, no centro da praça. Entre os presentes estavam o secretário interino de Cultura, Giorgio Ronna, a ex-secretária Beatriz Araujo, a diretora do Theatro Sete de Abril, Valesca Athaides, a ex-diretora do Theatro Ana Elisa Kratz, a coordenadora do projeto Sete ao Entardecer, Ana Lúcia Alt, entre outros integrantes da Secult.
Restauração: no fim da primeira fase – O arquiteto responsável pelo projeto de restauro do Theatro, Fábio Caetano, da Secretaria de Cultura (Secult), informa que a primeira fase do projeto, de restauração da cobertura, que compreende três corpos: palco, plateia e foyer, deve estar concluída em dois meses. Nesta etapa foram investidos R$ 1.497.938,77, oriundos de convênio da prefeitura com o IPHAN. A Secult estima que a segunda fase, orçada em R$ 6.644.476,06, com recursos já garantidos pelo governo federal pelo PAC Cidades Históricas, terá início em novembro deste ano – após concluídas as etapas de projetos e processo licitatório.
Curiosidades:
*O nome foi colocado pelos sócios da Sociedade Dramática, existente na então Vila de São Francisco de Paula, antigo nome de Pelotas, em homenagem à data em que o imperador Dom Pedro I abdicou do trono brasileiro em favor de seu filho, Pedro II, fato histórico considerado como segunda independência do Brasil.
*Em 1972 o prédio foi tombado pelo Instituto de Patrimônio Histórico Nacional (IPHAN) e, em 1979, foi municipalizado.
*Surgiu a partir de uma sociedade dramática particular, a Sociedade Scenica Theatro Sete de Abril, com o objetivo de proporcionar às famílias pelotenses um meio de distração e, ao mesmo tempo, de divulgação da arte. Quando fundado foi instalado num prédio provisório enquanto se tratava da construção do novo edifício.
*Foi inaugurado em 2 de dezembro de 1833, dia do aniversário de Dom Pedro II, ficando assim duplamente ligado à figura do Imperador.
*Pelo seu palco passaram artistas renomados nacionalmente, como João Caetano, Itália Fausta, Procópio Ferreira e a grande cantora pelotense Zola Amaro e, mais recentemente, pode-se mencionar Fernanda Montenegro, Lucinha Lins, Ari Fontoura, entre tantos outros.
Saiba mais sobre o Theatro no site da prefeitura, pelo link: http://www.teatrosetedeabril.com.br/historico/historico.htm
