Diário da Manhã

quinta, 02 de maio de 2024

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CPI Fernando Osório: Engenheiro do consórcio confirma falhas no projeto da Prefeitura

21 maio
16:54 2014

O engenheiro civil Fabiano da Silva Jorge, que trabalha na SPS Engenharia, empresa que faz parte do consórcio que executou a obra de recuperação da avenida Fernando Osório, depôs, na manhã desta quarta-feira, à CPI da Câmara. Inquirido pelos vereadores, ele confirmou que a Unidade Gerenciadora de Projetos da Prefeitura, responsável pelo projeto de recuperação da pista da avenida, recebeu 185 memorandos alertando que havia problemas na execução da obra, e que o consórcio procedia conforme as respostas recebidas pelo corpo técnico da Prefeitura.

O engenheiro civil, Fabiano da Silva Jorge

O engenheiro civil, Fabiano da Silva Jorge

“Apresentávamos os agentes causadores dos problemas e as soluções, mas cabia ao corpo técnico da UGP dar a solução final”, afirmou o engenheiro. Segundo Fabiano Jorge, mesmo quando a resposta da UGP era diferente da apresentada pelos técnicos da empresa, “executávamos o que o cliente mandava fazer. Nunca a tomada de decisão era nossa”.

Indagado pelo vereador Antonio Peres (PSB) sobre o prazo de durabilidade de um obra da expressão da Avenida Fernando Osório, o engenheiro disse que, de acordo com o Dnit, as normas são de que durem cerca de 10 anos, mas, deixou claro que “o projetista é quem calcula o prazo que a obra deve durar”.
Já o vereador Marcus Cunha (PDT), relator da CPI, indagou: “Alguém projeta uma obra para durar menos de um ano?” Fabiano Jorge respondeu: “Não”.
Marcus Cunha perguntou: “Então houve falhas no projeto?” O engenheiro respondeu: “Sim”.

Indagado sobre a fiscalização de parte da obra por uma arquiteta da Prefeitura, o engenheiro Fabiano Jorge afirmou que arquitetos não têm habilitação para fiscalizar obras de pavimentação, que são da competência dos engenheiros civis.

Questionamentos – O vereador Rafael Amaral (PP) indagou do engenheiro o que “faltou à obra para ela ser um sucesso”. O profissional respondeu que deveria ser feita uma análise do projeto e o questionamento ser feito aos técnicos da Unidade Gerenciadora de Projetos.
“Nós (o consórcio) estamos tranquilos, executamos o que projetado e com o consentimento do corpo técnico, com documentos assinados por engenheiros e arquitetos da UGP”.

Para o vereador Ricardo Santos (PDT), as falhas no projeto elaborado pela Prefeitura estão claras. “depois de ouvir os técnicos da UGP e o secretário da Unidade, senhor Jair Seidel, podemos encerrar esta CPI. A gestão municipal foi avisada, no início do ano passado, que a obras tinha problemas, que não deveria continuar pagando e mesmo assim pagou. A empresa venceu a licitação, recebeu o projeto e realizou conforme o projeto recebido”.

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