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segunda, 18 de novembro de 2024

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Cuidado com os brinquedos barulhentos demais

Cuidado com os brinquedos barulhentos demais
18 outubro
16:58 2019

Alerta é para os pais que escolhem o presente de seus filhos; ruídos acima do permitido podem prejudicar a audição das crianças

Os brinquedos desempenham um importante papel no desenvolvimento das crianças, mas é preciso cuidado, porque eles podem ser também muito perigosos à saúde auditiva. São dinossauros que rugem alto, carrinhos com sirenes estridentes, jogos com explosões, telefones, aviões, guitarras e tantos outros. É bom redobrar a atenção na hora da compra. A escolha não deve levar em conta só o desejo do filho, mas, principalmente, as condições de segurança. É importante observar se o brinquedo tem o selo do Inmetro como garantia de que o nível de som está dentro dos limites estabelecidos na legislação.

“Os ruídos estão por toda parte. Dentro de casa, é a televisão em alto volume; o liquidificador; o aspirador de pó e também os brinquedos. Tudo isso pode causar prejuízo à audição das crianças. Os pais devem proteger seus filhos dos riscos de danos auditivos causados pelo excesso de barulho e prestar atenção ao nível sonoro do brinquedo que vai comprar”, alerta Marcella Vidal, fonoaudióloga da Telex Soluções Auditivas.

Brinquedos sonoros do tipo made in China, comprados em camelôs, por exemplo, podem emitir um barulho acima do permitido pela lei, que é de 85 decibéis. Um carrinho de polícia “pirata”, por exemplo, pode registrar até 120 decibéis de ruído. O que isso representa? Só para se ter uma ideia, o barulho de uma motosserra pode chegar a 100 decibéis, e o de uma britadeira alcança 110 decibéis.

“As crianças também estão expostas a altos níveis de ruído ao brincar com videogames, frequentar Lan House onde há jogos barulhentos e ouvir música com fones de ouvido em alto volume. Em ambientes com muito barulho é sempre recomendável usar protetor auricular nos pequenos”, aconselha a fonoaudióloga, que é especialista em audiologia.

A Telex oferece protetores auriculares que reduzem o barulho mas não impedem que a criança ouça o som das festas e brincadeiras. Os protetores podem ser feitos sob medida – é preciso avaliar a idade da criança para o uso – inclusive para adultos que querem se proteger da poluição sonora diária.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), um ruído de 70 decibéis já é desagradável para o ouvido humano. Acima de 85 decibéis começa a danificar o mecanismo da audição. O manejo contínuo de um brinquedo com esse volume causar danos a audição dos pequenos. Os menores, de até três anos, são os mais afetados.

“A exposição a níveis elevados de ruídos, de forma constante, pode causar prejuízos irreversíveis à audição das crianças. Mesmo breves exposições a sons elevados já podem trazer riscos. Portanto, esteja atento na hora de comprar brinquedos. Garantir a segurança dos filhos, com certeza, não tem preço”, conclui a fonoaudióloga da Telex.

Fique atento à lista de brinquedos perigosos à audição (se não tiverem selo do Inmetro):

*Brinquedos feitos para ampliar o som da voz chegam a emitir até 135 decibéis (som comparado ao da decolagem de um avião);

*Brinquedos musicais, como guitarra elétrica, tambor, buzina e trombeta, podem emitir sons de até 120 decibéis;

*Brinquedos como telefones infantis podem chegar a ruídos de até 100 decibéis;

*Alguns brinquedos para bater, dar pancadas e os “tagarelos”, que falam alto demais, são calculados com o nível de som de até 110 decibéis.

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