Diário da Manhã

sexta, 22 de novembro de 2024

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Dados indicam aumento dos níveis de água e população deve permanecer atenta

Dados indicam aumento dos níveis de água e população deve permanecer atenta
09 maio
19:18 2024

Cenário é preocupante, alerta hidróloga

Apesar do lindo dia de sol, com céu praticamente sem nuvens nesta quinta-feira (9) e do recuo das águas na madrugada de quarta, o alerta permanece: as pessoas que estão em área de risco devem sair o mais rápido de suas casas e quem saiu não deve retornar até que informações oficiais orientem para isso. A razão é simples: o cenário pode se agravar a qualquer momento com a mudança da direção dos ventos. Nesta quinta-feira (9), em intervalo de quatro horas – entre às 11h às 15h – o nível do Canal São Gonçalo subiu 16 centímetros.

De acordo com os técnicos da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), caso as águas subam como o previsto, a avenida Adolfo Fetter e o primeiro trecho da Ferreira Viana, cerca de 250 metros após a rotatória, terão uma lâmina d’água entre 40 e 60 centímetros, o que inviabilizaria o trânsito de veículos convencionais. Na rua Comendador Rafael Mazza (rua das Traíras), a água pode chegar a um metro. A maior dificuldade é que não é possível prever o momento que isso vai acontecer. Por isso, é necessário manter a precaução.

A engenheira hídrica da UFPel Tamara Beskow explicou que “Lagoa é como um balde e a saída para o mar é como o furo do balde. Nessa noite [quarta, 8], a maré em Rio Grande baixou, fazendo com que o furo do balde aumentasse, junto com a direção do vento que, no momento, está empurrando a água da Lagoa para a outra margem. Isso permitiu que a água escoasse mais, dando a sensação de redução do nível da Lagoa e do Canal. Porém, o furo do balde já diminuiu, a maré voltou a subir e, com isso, nós já estamos vendo os níveis do São Gonçalo e da Lagoa subindo novamente”. A hidróloga ainda mandou um recado para quem, assim como ela, precisou sair de casa. “É normal que com o dia bonito, com sol, ter vontade de voltar para casa, eu também quero voltar para a minha, mas a gente precisa manter o alerta. A situação não está sob controle. Permaneçam nos abrigos, nas casas de parentes, e aguardem as informações oficiais que a Prefeitura e da Defesa Civil estão divulgando”, concluiu.

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