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Dados sobre violência contra mulheres na Metade Sul do RS apontam tendência de alta

Dados sobre violência contra mulheres na Metade Sul do RS apontam tendência de alta
15 agosto
14:15 2025

Boletim do Observatório Nosotras/UCPel foi divulgado em evento nesta quinta-feira (14), no Campus I da UCPel

O Observatório Nosotras, vinculado à Universidade Católica de Pelotas (UCPel), divulgou, nesta quinta-feira, dia 14, o II Boletim Técnico com os dados sobre a violência contra mulheres e meninas. O evento de lançamento do boletim foi nesta quinta-feira, dia 14, no Campus I da UCPel (Foto: Bruno Bohm).

O documento reúne informações de todo o ano de 2024 e do primeiro semestre de 2025 em 22 municípios da metade sul, a partir de dados oficiais da Secretaria de Segurança Pública (SSP/RS). Os dados indicam que ocorreram, no período, mais de 2,2 mil casos de lesão corporal e 212 estupros, além de 12 feminicídios.

A professora Vini Rabassa, coordenadora do Observatório, reforça que o Nosotras e a UCPel são agentes de transformação: “O papel da universidade é muito importante, pois, para que possamos construir uma sociedade sem violência, precisamos da educação. A nossa instituição contribui com uma função essencial: a criação de uma cultura antimachista e antipatriarcal”, entende.

Na ocasião, também foi lançada a campanha 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher, que será realizada em novembro.

Os dados

Os números mostram que, apenas em 2024, foram registrados na região 1.981 ameaças, 1.491 casos de lesão corporal, 164 estupros, 18 feminicídios tentados e 10 feminicídios consumados. No primeiro semestre de 2025, a tendência de violência se manteve alta, com 1.054 ameaças e 755 lesões corporais, além de 48 estupros, seis feminicídios tentados e dois consumados.

Apesar de representar apenas 7,5% da população do estado, a região concentrou, em 2024, 13,8% dos feminicídios consumados do Rio Grande do Sul. Pelotas e Rio Grande, os maiores municípios da área de abrangência, lideram as ocorrências. Os dados completos pode ser acessados no site (https://nosotras.ucpel.edu.br/).

A professora Christiane Russomano Freire, que integra o observatório e e é uma das executoras do boletim, entende que há uma estagnação, em comparação com o Boletim apresentado no ano passado. “Mesmo com algumas ações governamentais, nós não conseguimos diminuir o índice de tentativas ou de crimes consumados contra as mulheres e meninas na nossa região”, complementou.

 

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