DANDÔ CIRCUITO DE MÚSICA: Som diversificado do trio “AmeriCalle”
Sexta às 20h na Casa do Trabalhador – rua Santa Cruz 2.454 -, apresentação do grupo “Americalle”
Por Carlos Cogoy
Nobel de literatura Bob Dylan, angolano Valdemar Bastos, MC franco-chilena Anita Tijoux, cubano Silvio Rodrigues, argentino Fito Paez, e os brasileiros Villa-Lobos, Lupicínio Rodrigues e Luis Gonzaga. Repertório do trio “AmeriCalle” – fusão de América e calle (rua) -, que reúne os músicos Teresa Ferlauto, Duglas Bessa e Mateus Brod. Na sexta, assinalando o início de apresentações do “Dandô Circuito de Música Dércio Marques” neste ano em Pelotas, o grupo estará se apresentando na Casa do Trabalhador. O início será às 20h e, como anfitrião do espetáculo, compositor e músico bajeense Dija Vaz. Ingresso a R$10,00, poderá ser adquirido no local e hora da apresentação. A Casa do Trabalhador está localizada à rua Santa Cruz 2.454 – entre as ruas Dr. Cassiano e Major Cícero.
TRIO divulga: “O ‘AmeriCalle’ nasce da aproximação de anfitriões do Dandô em Pelotas. O projeto ‘Dandô Circuito de Música Dércio Marques’, é uma caravana musical nacional que chegou a Pelotas em 2014. Tem como foco o intercâmbio, estímulo a redes colaborativas, valorizando diversidades sonoras e formação de novos públicos. Nesse contexto, forma-se o ‘AmeriCalle’. A música do ‘AmeriCalle’ acontece a partir do diálogo da harmônica, violão e voz. Os trabalhos e linhas musicais paralelas de Teresa Ferlauto, Duglas Bessa e Mateus Brod, encontraram-se para experimentar canções. Nosso trabalho não se reduz a determinados ritmos, gêneros, o que dificulta a contextualização. Então, tudo que possa remeter musicalmente, quando se fala as palavras ‘América e rua’, expõe a liberdade plena na escolha do repertório. O grupo está num processo de amadurecimento e o caminho para composições autorais será natural”.
Duglas Bessa
Natural do município de Herval, o violonista e intérprete Duglas Bessa veio para Pelotas, onde ingressou na universidade. Na UFPel, ele cursou a licenciatura em artes – habilitação em música. Como educador musical, desenvolveu a “Oficina de construção de instrumentos musicais alternativos/objetos sonoros”.
TRI#OS foi grupo que Duglas participou até recentemente. Também destaca a participação no duo com o chileno Hector Rojas, que teve a gravação “en vivo en el estúdio”. No disco, releituras de autores latino-americanos. Com o “Tri#os”, gravação do disco “Barrio Sur”. Na trajetória, apresentações pelo Estado, e também no Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Uruguai. E Duglas tem sido um dos principais responsáveis pelas edições do “Dandô Circuito de Música” na cidade.
Teresa Ferlauto
Em Porto Alegre, onde nasceu, Teresa Ferlauto desde a infância teve contato com a música. Na década de setenta, integrou o Grupo Coisas de Água, e houve apresentações em teatros da capital gaúcha, bem como em São Paulo.
No início dos anos oitenta, iniciou o curso de bacharelado em canto na UFRGS. Posteriormente, transferência para Pelotas, onde passou a atuar em eventos e projetos de música erudita e também popular.
Teresa cantou Negros Spirituals e Beatles, nos espetáculos “Let i Shine” e “Aquelas Canções”. Recentemente participou do grupo “Sonidos”. Dedicado à música latino-americana, grupo também contou com Duglas Bessa, Hector Rojas e Mateus Guerreiro. Além de Pelotas, também houve apresentação em Santa Cruz do Sul.
Mateus Brod
Rock e blues estão entre as principais influências. Autodidata na harmônica (gaita de boca), Mateus Brod está completando vinte anos como músico profissional. Conforme divulga, a técnica na gaita foi aprimorada em 2002, quando teve contato com “Mestre Benê Jr” da Orquestra de Harmônicas de Curitiba. Profissionalmente, Mateus começou na então Livraria e Café Dom Quixote.
Na trajetória, tem tocado com vários grupos, e participou de bandas de blues como: “Os Grilos” (Porto Alegre), e “Cachorro da Lua” (Pelotas). Mateus também participou do disco “Os sonhos e os sons”, e tocou junto com a cantora Daniela Neris. Ele menciona shows com Celso Krause, Zé e Tatu, Dija Vaz, e projetos como Diablues e Jazz Day. Em Pedro Osório, acompanhou a banda Mato Cerrado e o mineiro Erick Castanho.