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domingo, 05 de maio de 2024

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Democratizar a acessibilidade comunicacional

Democratizar a acessibilidade comunicacional
01 fevereiro
14:03 2017

Quinta às 21h na 44ª Feira do Livro da Furg, Flávia Machado lançará “Conceitos Abstratos – Escolhas Interpretativas de Português para Libras”

Pesquisadora pelotense Flávia Machado estará autografando novo livro

Pesquisadora pelotense Flávia Machado estará autografando novo livro

Não basta o tradutor e intérprete de Libras/Português (TILS), em sala de aula, para que aconteça a inclusão do aluno surdo. Também são necessárias oficinas para alunos ouvintes, bem como professores, orientando acerca da comunicação. A observação é da professora Flávia Medeiros Álvaro Machado (Universidade de Caxias do Sul/UCS), que tem ministrado oficinas e cursos no Brasil e exterior. Pelotense, que morou no Areal, e estudou em escolas como Cel. Pedro Osório e Assis Brasil, Flávia quinta estará autografando na 44ª Feira do Livro da FURG – Praça Didio Duhá. Às 21h, ela explanará sobre sua trajetória e o novo livro “Conceitos Abstratos – Escolhas Interpretativas de Português para Libras”. Embora reconhecida internacionalmente, Flávia Machado pela primeira vez estará lançando obra na Zona Sul. O patrono da Feira, escritor e jornalista Willy César expressa: “Autora Flávia Machado, seja bem-vinda à nossa 44ª Feira do Livro”.

DEMOCRATIZAR – “Os desafios são muitos, mas o maior de todos é a garantia da ‘acessibilidade comunicacional’ em todos os espaços de convívio da sociedade, como as escolas, cinemas, teatros, shoppings.  E em relação à escola, recordo da professora surda Carilissa Dal’Alba, mestre e doutora que, por experiência pessoal e de profissão, sempre diz que a ‘escola inclusiva deve sempre oferecer o uso de Libras. Porém, não apenas contar com tradutores e intérpretes, mas oficinas para alunos ouvintes poderem comunicar-se com o colega surdo’. Concordo e acrescento que, não somente os colegas de classe, mas também os professores. A escola deve, além deve promover ações para o corpo docente e discente, elaborar ações inclusivas com toda a comunidade de convívio do aluno surdo, abrangendo funcionários e pais. E, para o aluno surdo, atividades que atendam as necessidades de compreensão, usando os recursos visuais que desenvolverão o raciocínio e pensamento. Esse conjunto é importante porque toda a pessoa com a identidade surda, faz uso da Libras como sua primeira língua natural, já que para ele é uma língua totalmente visual – viso-gestual -, o que auxilia a organizar o pensamento cognitivo”.

FORMAÇÃO – Flávia cursou pedagogia na UCPel, especialização na FSG, mestrado e doutorado em Letras na UCS, com pesquisa na área. Publicou: “Libras – Língua Brasileira de Sinais” (Editora Educs/2007); “Guia de Planejamento para Professores de Libras” (UCS/2009); “Conceitos Abstratos: escolhas interpretativas de português para libras” (Editora Appris/15). Ela enfatiza que são inúmeros artigos, mas ressalta dois: “A interpretação simultânea no contexto político” – Caderno de Tradução (UFSC/2015); “Conceitos abstratos e possibilidades no ato tradutório e interpretativo de português para LIBRAS” – Dialogando sobre tradução e interpretação das Línguas de Sinais (Editora Prismas/2016).

 

Livro LIBRAS Flávia Machad0                LIVRO (Foto), será lançado amanhã no espaço “Conversas com autor” da excelente Feira do Livro no Cassino. Publicado pela Editora Prismas, em parceria com a Editora Appris de Curitiba, o livro foi divulgado em 2015. Porém, não chegou a ser lançado na Zona Sul do Estado. Programação da Feira que terá atividades até dia 5, pode ser conferida no Facebook “Dac Furg”. Informações também no site: feiradolivro.furg.br

AUTORA explica sobre o trabalho: “A obra propõe a prática do tradutor e intérprete de Libras no envolto de várias competências e, entre elas, algumas específicas que podem ser compreendidas e desenvolvidas a partir das contribuições da Linguística Cognitiva e, mais estritamente, da Semântica Cognitiva. Os estudos sobre os processos de categorização humana, com base no Realismo Corpóreo, têm elucidado fenômenos relativos à influência de modelos cognitivos e culturais sobre o modo como categorias conceptuais se estruturam e atuam no processo de ‘fazer sentido’ das experiências biossocioculturais em situações variadas de interação comunicacional. É uma obra de cunho técnico-científico com a finalidade de contribuir com a formação de tradutores e intérpretes de Língua de Sinais, e, também para professores que trabalham diretamente com a formação desses profissionais para o exercício no mercado de trabalho”.

OFICINA ministrada por Flávia Machado, no Espírito Santo. A professora pelotense profere palestras, e apresenta cursos, minicursos e workshops. Além de vários Estados no País, também já abordou sobre tradução e interpretação de Libras na Bolívia, Peru, África do Sul e Portugal. Na cidade natal e região, ela ainda não ministrou atividade, mas convites podem ser feitos através do email: [email protected]

Por Carlos Cogoy

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