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quinta, 02 de maio de 2024

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PRODUÇÃO : Celulose Riograndense pode utilizar Porto de Pelotas

PRODUÇÃO : Celulose Riograndense pode utilizar Porto de Pelotas
20 março
17:16 2014

Deputada Miriam Marroni tratou do tema com o diretor-presidente da indústria, Walter Lidio Nunes

Em uma reunião que durou mais de três horas, a deputada Miriam Marroni (PT) e o diretor-presidente da Celulose Riograndense, Walter Lidio Nunes, trataram da intenção que a empresa tem em utilizar o porto de Pelotas para escoar a produção de madeira de eucalipto do sul do Estado. Pela proposta inicial, as mesmas barcaças que hoje levam a celulose processada na planta de Guaíba até o porto de Rio Grande retornariam de viagem passando por Pelotas, onde a madeira cortada na região seria embarcada e transportada até Guaíba.

"A Lagoa dos Patos já é o canal de escoamento da produção de celulose da empresa. O que eles estudam é aproveitar a viagem de volta para embarcar a matéria-prima em Pelotas e trazer até Guaíba.'' explicou Miriam

“A Lagoa dos Patos já é o canal de escoamento da produção de celulose da empresa. O que eles estudam é aproveitar a viagem de volta para embarcar a matéria-prima em Pelotas e trazer até Guaíba.” explicou Miriam

O encontro ocorreu pela manhã, na sede da empresa, e serviu para que Nunes apresentasse um panorama geral dos negócios da companhia no Estado. Só na região Sul, o grupo CMPC (sigla que traduzida do espanhol quer dizer companhia manufatureira de papéis e cartões) possui 39 mil hectares de florestas de eucalipto.

Segundo os últimos dados divulgados pelo grupo, em 2012 foram produzidas 451,5 mil toneladas de celulose, das quais quase 300 mil foram exportadas para países da Europa, Ásia e América Latina através do porto de Rio Grande. Hoje, o Grupo CMPC concentra forças na construção de uma nova linha de produção de celulose, também em Guaíba. Com um custo de R$ 5 bilhões, a ampliação da fábrica expandirá para 1,8 milhão de toneladas a capacidade anual de processamento de celulose.

“A Lagoa dos Patos já é o canal de escoamento da produção de celulose da empresa. O que eles estudam é aproveitar a viagem de volta para embarcar a matéria-prima em Pelotas e trazer até Guaíba. A estrutura do porto de Pelotas servirá para armazenar as toras de eucalipto que chegam nos caminhões vindos de municípios da região, como Pinheiro Machado, Piratini, Pedras Altas, entre outros”, explica a deputada.

Atualmente, Miriam, o deputado federal Fernando Marroni (PT) e o secretário de Infraestrutura e Logística do Estado, João Victor Domingues (PT), articulam no Ministério dos Transportes a construção de um acesso alternativo ao porto, através da BR-392, para que os caminhões não precisem passar dentro do perímetro urbano.

Portugueses virão ao Estado – O esforço do governo do Estado em retomar as operações em maior escala no porto de Pelotas também chamou a atenção de investidores portugueses. Um grupo de empresários deverá vir nos próximos dias a Porto Alegre, onde irão se reunir com Domingues e a deputada Miriam.

“Os portugueses atuam no ramo de construção de terminais e entraram em contato conosco para saber informações sobre o porto de Pelotas. Em um primeiro momento eles demonstraram que estão acompanhando a situação, e devem vir em busca de mais dados para que possam elaborar um relatório mais completo”, adianta Miriam.

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