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Desenvolvimento de crianças com autismo

Desenvolvimento de crianças com autismo
10 janeiro
13:36 2018

Nesta quarta às 18h, palestra gratuita com o psicólogo Fábio Coelho, diretor da Academia do Autismo no RJ

Por Carlos Cogoy

Transtorno do espectro autista pode ser leve, moderado ou grave, diz psicólogo Fábio Coelho

Transtorno do espectro autista pode ser leve, moderado ou grave, diz psicólogo Fábio Coelho

            Dificuldades na linguagem, socialização e contato visual. A forma de brincar pode ser peculiar, e os interesses são restritos. Em geral, os padrões de comportamento são repetitivos. Alguns dos indícios que contribuem para o diagnóstico. O autismo, quanto mais cedo for identificado, maiores as chances de evolução. Afirmações do psicólogo clínico e escolar Fábio Coelho, que tem dois filhos autistas, idealizou a Academia do Autismo no Rio de Janeiro, e nesta quarta estará palestrando em Pelotas. Numa promoção do “Origami – Centro de Desenvolvimento”, ele abordará “Intervenções comportamentais para o desenvolvimento de crianças com autismo – preparando habilidades básicas”. O evento terá início às 18h e será realizado na sede do Clube de Subtenentes e Sargentos, à rua Félix da Cunha 504. ENTRADA FRANCA.

TRANSTORNO de Espectro Autista (TEA), conforme estimativa baseada na realidade de outros países, deve atingir em torno de dois milhões de pessoas no Brasil. O número, ressalta Fábio Coelho, não é oficial mas a probabilidade é considerável. Ele explica acerca da causa: “O autismo é um universo, um diagnóstico que diz muito pouco sobre uma pessoa. Estou convicto de que sei quase nada sobre uma pessoa com Transtorno do Espectro Autista, que eu não conheço. Mas a ciência avança e hoje já pode ser considerada como consenso, que a base genética é determinante para o desenvolvimento do TEA. Existem outras teorias, especialmente estudos de correlação, que apontam outras variáveis como fatores contribuintes, aumentando as chances de ocorrência. Também há consenso que de não é causado por variáveis psicológicas e emocionais, o que é muito importante deixar claro, para que os pais deixem de se culpar e a sociedade de julgar. Atualmente, o manual traz três graus, leve, moderado e grave, mas também não é fácil chegar nesse diagnóstico”.

TRATAMENTO – De acordo com o psicólogo, o autismo não tem cura. Ele acrescenta: “Não há cura, mas há tratamento, que deve iniciar tão logo apareçam os primeiros sinais. A terapia comportamental, apresenta evidências cientificas e, portanto, é o tratamento mais indicado. É uma fase bastante peculiar, onde geralmente os pais precisam de apoio, empatia e informação de qualidade. O diagnóstico deve ser fechado por médico especialista, neurologista ou psiquiatra infantil, e o psicólogo pode ajudar nesse processo com a avaliação psicólogica/neuropsicológica e, sobretudo, apoio para a família”. Em relação a controversa inclusão da criança autista na escola regular, Fábio menciona: “Com carinho, paciência, motivação e capacitação, a inclusão é possível. Hoje, estamos ainda numa fase embrionária”.

ACADEMIA – Fábio e a esposa Mayara, assistente social, criaram a Academia do Autismo no Rio de Janeiro. “A Academia do Autismo é um projeto vinculado à clínica Innova, com sede em São Pedro da Aldeia. Além do programa terapêutico multiprofissional para crianças com TEA, a academia proporciona cursos e eventos presenciais por todo país e online”, diz Fábio. Na internet: academiadoautismo.com.br

PALESTRA em Pelotas, de acordo com o psicólogo: “Vamos abordar as habilidades iniciais que compõem o tratamento de uma criança com TEA. Como os profissionais podem preparar esse currículo, de que forma a criança aprende, e, como os pais podem auxiliar o filho a desenvolver as habilidades, consideradas essenciais para a vida”.

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