Desvendada a morte da professora Cláudia Hartleben
Para o Ministério Público de Pelotas os culpados são o ex-marido e o filho da professora
Num desfecho surpreendente, o Ministério Público denunciou João Moratto Fernandes, ex-marido e João Félix Hartleben, filho de Cláudia Hartleben como autores do homicídio da professora que está desaparecida há cerca de 8 meses. “Não há dúvidas, muitas pessoas foram ouvidas e diligências feitas. Chegamos nos autores”, disse convicto o Promotor José Olavo Bueno dos Passos. (foto acima)
Os dois, porém, são considerados acusados (ou suspeitos) pois a ação do Ministério Público depende de acolhida do juiz Paulo Ivan Medeiros, da 1ª Vara Criminal.
Além da acusação de homicídio, o MP pede que ambos sejam condenados por ocultação de cadáver, feminicídio, com agravantes de motivo fútil e por terem dificultado a defesa da vítima.
O promotor José Olavo Passos solicitou ainda medidas restritivas aos acusados, como não poderem se afastar da comarca. Eles não serão presos preventivamente, por enquanto.
A denúncia baseou-se nas investigações feitas até agora, e que levaram a convicção da participação dos suspeitos no crime. Segundo o promotor, provas periciais anexadas à denúncia comprovam contradições nos depoimentos, além de outros elementos que garantem – ao menos para o Ministério Público – que Cláudia foi assassinada pelo ex-marido e pelo próprio filho.
Para o promotor José Olavo Passos e o delegado Félix Rafanhim, responsáveis pelo caso, a hipótese de homicídio sempre foi a principal linha de investigação.
RELEMBRE
Na noite do dia 9 de abril, após jantar com uma amiga, a professora chegou em casa, no Bairro Três Vendas, estacionou o carro na garagem e saiu ou foi forçada a sair, levando apenas a bolsa com dinheiro e documentos. Familiares não acham justificativa para o misterioso sumiço, pois Cláudia estava em um bom momento profissional e pessoal.