Diário da Manhã

sábado, 27 de abril de 2024

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Dia de Campo mostra as potencialidades da raça Jersey no centro do Estado

16 abril
14:17 2014

No último sábado, dia 12, a Associação de Criadores de Gado Jersey do Rio Grande do Sul promoveu, em São Pedro do Sul, o primeiro Dia de Campo no ano. Mais de 60 participantes conferiram as palestras e as estações organizadas no Criatório Dom Victor, de propriedade do produtor João Vitor Ponte de Araújo.

Na parte da manhã, os criadores da raça, técnicos, estudantes e autoridades do município sede do evento estiveram atentos às palestras do engenheiro agrônomo e ex-presidente, Carlos Alberto Petiz, que falou sobre as vantagens da criação de gado Jersey, e do pesquisador da Embrapa Clima Temperado, Darcy Bitencourt, que traçou um panorama do mercado do leite no Rio Grande do Sul, e as perspectivas para a raça Jersey.

O vice-presidente da associação, Alcio Azambuja, fez a abertura do evento

O vice-presidente da associação, Alcio Azambuja, fez a abertura do evento

Na sequência, o presidente da associação, Claudio Nery Martins, falou aos presentes sobre sua viagem à Nova Zelândia no último mês.

Claudio relatou a visita feita a central de sêmen da empresa CRV Lagoa, onde, segundo ele, estão os melhores reprodutores da raça, e a propriedades consideradas de excelência no país. “Estivemos em três propriedades de destaque na produção de Jersey e observamos o gado e as técnicas de exploração. Todas as propriedades trabalham com mais de 300 vacas em pastagens de azevém perene, que naquele momento estavam passando por uma condição de estresse hídrico pela falta de chuvas”, contou o presidente.

De acordo com Claudio, os métodos de criação da raça na Nova Zelândia se assemelham aos utilizados na Metade Sul do Estado, que apresenta potencial para produção de leite com um menor custo.

Outro fato destacado pelo dirigente foi a agenda com o presidente da Associação de Criadores de Jersey da Nova Zelândia, Mr. Brian, cujo principal assunto foi a importação de genética neozelandesa, que hoje é prejudicada em virtude de exigências burocráticas brasileiras. “Fizemos uma proposta para que aumentem as exigências no país, principalmente quanto ao registro dos animais, bem como, levei o assunto à Associação Brasileira de Criadores de Jersey para que possamos chegar a um consenso e quem saber passar a importar esta genética de ponta”, disse Claudio, que participou de uma assembleia geral na sede da Associação Brasileira um dia antes do evento em São Pedro do Sul.

Dom Victor: exemplo na criação de Jersey

Na parte da tarde, os participantes do Dia de Campo se deslocaram até o Criatório Dom Victor para conhecer, em cinco estações, nutrição, saúde, conforto, e manejo dos animais da propriedade.

As estações foram conduzidas por técnicos e/ou representantes de empresas que já prestam serviços ao Criatório. A cada um deles, coube apresentar os diferentes sistemas utilizados, tanto nos quesitos alimentação e sanidade, quanto no manejo.

Conforme o presidente do conselho técnico e superintendente substituto do registro genealógico da associação, Carlos Guilherme Rheingantz, o Dia de Campo foi bastante proveitoso, principalmente, para os criadores da raça, já que foram apresentadas técnicas úteis para uma melhor produção leiteira.

O Dia de Campo em São Pedro do Sul contou com o apoio, dentre outras empresas, da Nutrifarma, parceira da Associação de Criadores de Gado Jersey.

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