Doenças do coração são as que mais matam no Brasil e no mundo
30% das mortes no Brasil em 2018 foram por doenças cardíacas e tendência é de aumento
29 de setembro foi lembrado como o Dia Mundial do Coração, data de conscientização para cuidados com a saúde do sistema cardiovascular. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), morrem em torno de 17 milhões de pessoas por ano, vítimas de doenças cardiovasculares. No Brasil, a média anual já chegou a 380 mil, o que corresponde a uma vida perdida a cada 40 segundos.
Com exceção de fatores genéticos que exigem cuidados especiais, cerca de 80% das doenças cardíacas podem ser evitadas apenas com atitudes saudáveis, como não fumar, evitar álcool, praticar atividades físicas e manter dieta adequada.
“Quase metade da população brasileira passa por problemas de desequilíbrio no sistema cardiovascular. Em boa parte, devido à alimentação, à falta de atividades físicas e maus hábitos no cotidiano, levando a complicações com o tempo”, afirma o cardiologista Pedro Rubens, coordenador dos setores de cardiologia e clínica geral do HSANP.
O diagnóstico precoce possibilita maiores chances de tratamento e deve ser incentivado. Exames de rotina são essenciais para detectar alterações significativas, ou silenciosas na saúde.
Casos em jovens merecem destaque
Problemas cardíacos não afetam apenas idosos. No Brasil, 11% das mortes ocorrem em pessoas dos 30 aos 46 anos.
A campanha “setembro vermelho” é importante para chamar a atenção das pessoas para um fato que muita gente ignora: infartos em jovens são mais comuns do que se imagina e os casos vêm aumentando consideravelmente por causa de fatores como estresse, diabetes, tabagismo, obesidade, hipertensão e colesterol alto, que estão cada vez mais presentes na vida de pessoas com menos de 30 anos.
Além disso, nessa faixa etária esse tipo de problema tende a ser pior. Isso porque costumam envolver áreas maiores do coração e o entupimento dos vasos tem mais propensão a ser súbito, grave e acometer artérias maiores. Por isso, diante de sintomas como dor no peito irradiando para os braços, sudorese fria, mal estar, náuseas e vômitos, que muitas vezes são mais exuberantes nesse caso, é essencial se dirigir o mais rápido possível ao hospital. Mas há uma boa notícia nessa história: o prognóstico de recuperação costuma ser melhor. Depois de cinco dias, em média, ele costuma ter alta hospitalar e volta à rotina normal em um mês, mas é essencial que tenha o acompanhamento de um cardiologista pelo resto da vida.