Emef Francisco Caruccio é exemplo a ser seguido, diz prefeito
Eduardo Leite e equipe de gestores da prefeitura visitaram a escola para observar in loco os avanços já obtidos a partir do projeto “Melhorando os Indicadores da Educação”. Prefeito lamenta que interrupção do projeto possa prejudicar resultados: “O trabalho precisa ter sequência.”
O prefeito Eduardo Leite, acompanhado por uma equipe de gestores da prefeitura de Pelotas, esteve nesta quinta-feira (21/08/2014) em visita à EMEF Francisco Caruccio, nas Três Vendas, a fim de observar os avanços já obtidos pela escola a partir do projeto de consultoria Melhorando os Indicadores da Educação. “A Francisco Caruccio já alcançou diversas melhorias que só vão beneficiar a comunidade escolar. A escola é um modelo de superação e um exemplo a ser seguido”, disse o prefeito à direção do educandário, salientando que vem acompanhando as dificuldades da escola desde o início de sua gestão e sem esconder a satisfação com todos os avanços verificados na visita.
Conduzido pelo diretor Alexandre Lemos Vieira, interventor que está desde dezembro de 2010 à frente do educandário que atende 1.100 alunos, o prefeito visitou laboratórios de informática – o terceiro foi implantado recentemente, disponibilizando aos estudantes mais 12 computadores e a velocidade de internet aumentou, em toda a escola, de 2 para 10 mega -, laboratório de Ciências, refeitório, espaço em que será instalado um elevador de acesso ao segundo piso do prédio e o auditório, que ganhou lousa digital (os professores tiveram capacitação para saber utilizar o material) e TV de 60 polegadas.
Entre as últimas aquisições da Emef Francisco Caruccio também estão 4 datashows, notebooks para uso dos educadores, aparelhos de TV e DVD para cada corredor da instituição, à disposição dos professores, e um equipamento de som completo que viabilizará a implantação da rádio escolar – um sonho antigo de toda a comunidade da Caruccio. ”Precisávamos de ferramentas para tornar as aulas mais atrativas para despertar o interesse dos alunos pelos conteúdos, sabíamos que tínhamos que mudar e estamos conseguindo”, comentou o diretor. Vieira disse que objetivos de melhorias para a escola a direção já tinha e muitos, mas o papel da consultoria foi fundamental para organizar e acelerar estas mudanças. Ele salientou que a consultoria de gestão educacional nos ajuda a disciplinar estes objetivos, a estabelecer metas, definir responsabilidades e prazos, e ensina também a como monitorar estes avanços. “Foi muito bom porque nos cutucou, nos colocou no caminho certo”, contou o diretor.
O projeto Melhorando os Indicadores da Educação tem como principal objetivo elevar o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) da rede municipal – dos anos iniciais do ensino fundamental dos atuais 4,5 para 5,4 (aumento de 20%) e dos anos finais, de 3,4 para 4,0 (alta de 18%). O projeto, que começou a ser implantado este ano nas 61 escolas municipais de Pelotas, é composto de 12 etapas, que deveriam ser desenvolvidas ao longo deste ano, para que logo os orientadores deem continuidade ao trabalho, nos anos seguintes – as melhorias tendem a ser progressivas.
Até o momento foram executadas as quatro primeiras etapas, referentes ao Plano de Ação Ambiental. O primeiro passo foi compreender a realidade específica de cada escola e, ouvindo as equipes diretivas, professores, funcionários e alunos, identificar as fragilidades, definir prioridades e traçar estratégias para chegar às soluções. Até a semana que vem, devem estar prontos os planos pedagógicos de cada instituição, que traçam metas voltadas ao aprendizado.
Embora a equipe da Falconi – Consultores de Resultado, empresa contratada para o serviço, tenha se retirado do projeto, desde a determinação judicial que suspendeu o contrato, o trabalho continua com os dez orientadores da Secretaria de Educação e Desporto (Smed) que receberam treinamento da consultoria. Eles aprenderam a desenvolver os planos de ação e coordenam o projeto das escolas – cada um responde pela coordenação de seis escolas.
Com o auxílio da consultoria, a Francisco Caruccio estabeleceu metas, como a necessidade de melhorar a acessibilidade, uma vez que a escola tem dois alunos cadeirantes. Definida a prioridade, os gestores já prepararam o local para a colocação de um elevador e encaminharam à Secretaria de Gestão Administrativa e Financeira (Sgaf) a solicitação de compra. Outra prioridade foi a necessidade de envolver mais professores e alunos – daí surgiu a ideia de deixar o laboratório de Ciências aberto em tempo integral – atualmente, o local expõe trabalhos das aulas de Ciências e também de História, com objetos referentes à Revolução Industrial, confeccionados pelos estudantes.
O prefeito causou alvoroço entre a criançada ao chegar ao refeitório da escola, em momento de refeição. Eduardo foi recebido com palmas e sorrisos pelos alunos, que ficaram contentes com a notícia de que no ano que vem já terão uniforme escolar. A previsão é de que os kits compostos por seis peças de roupa, adquiridos com recursos próprios do Município, sejam entregues aos estudantes em fevereiro de 2015.
Apesar da satisfação em constatar os avanços já alcançados, o prefeito não escondeu a preocupação pelo projeto ter sido interrompido, em decorrência de ação do Ministério Público, com apenas um terço concluído e expressou sua expectativa em poder dar continuidade a ele. “Significa um grande prejuízo para a educação da rede municipal de ensino de Pelotas interromper o projeto. Se não for retomado logo, certamente afetará os resultados do ano letivo 2014 e a prova Brasil 2015, impossibilitando que as metas sejam atingidas. Esperamos que a situação seja resolvida logo e o projeto possa ser retomado o quanto antes.”
“Não quero ser lembrado como o diretor que tornou as paredes da Francisco Caruccio brancas”, disse ao prefeito o diretor Vieira – a direção da escola ganhou o respeito da comunidade ao conseguir manter as paredes das salas de aulas e corredores totalmente limpas, sem rabiscos, sujeira ou pichações. “Quero ser lembrado como o diretor que conseguiu elevar o Ideb de 2,1 (índice de 2011 da escola para os anos finais do ensino fundamental; anos iniciais foi 4,4) para 5 ou quem sabe até 6.”
