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EMPREGOS : Pelotas registra pior queda em 14 anos

EMPREGOS : Pelotas registra pior queda em 14 anos
28 janeiro
09:55 2015
EMPREGOS formais cada vez mais escassos na região, em todos os setores

EMPREGOS formais cada vez mais escassos na região, em todos os setores

Resultado de levantamento feito pelo Ministério do Trabalho aponta o ano passado como o pior dos últimos 14 anos

Ministério do Trabalho apresenta dados que mostram situação negativa na Princesa do Sul em 2014 e positiva em Rio Grande  no comparativo com o ano 2013

Os dados são do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged), do Ministério do Trabalho. E não são muito animadores: Em 2014, Pelotas teve apenas 201 empregos criados. É o pior fechamento de ano desde 2002. O resultado mostra uma queda de 1.424% em relação ao ano de 2013 – quando foram geradas 2.863 novas vagas. Já Rio Grande registrou 944 novas vagas em 2014, um aumento de 55% em relação a 2013, quando foram gerados 519 novos empregos.

De acordo com o Caged, em Pelotas, o setor que mais vem registrando queda é a indústria: em 2014, foram fechadas 737 vagas. Já o setor que mais cresceu foi o de serviços: desde 2013, foram criadas 2.580 novas vagas.

Para o professor de Economia da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Ubirajara Ruas, a geração de empregos em Pelotas é muito instável, dependente de setores fortes de Rio Grande, como construção civil e indústria.

“Se lá vai mal, a situação reflete diretamente por aqui”, explica. De acordo com o economista, o crescimento no setor de serviços é impulsionado pelas instituições federais no município.

Em Rio Grande, mesmo com o crescimento em vagas formais, a construção civil é o pior setor na geração de empregos. Foram fechadas 608 vagas formais. Em 2013, foi ainda pior: 1.278 vagas deixaram de existir. O ápice da geração foi em 2012, quando foram registradas 7.238 novas vagas.

Segundo o presidente do Sindicato da Construção Civil de Rio Grande, Braudelino Coelho, a queda é um reflexo da situação atual do Polo Naval.

“Com a desaceleração, a procura tem sido maior do que a oferta, já que muitos trabalhadores vindos de outras partes do Brasil e atraídos pelo Polo Naval não encontram mais emprego”, afirma. Mas o cenário pode piorar.  Braudelino não vê perspectivas otimistas na região para o ano de 2015.

A queda nos empregos na Zona Sul do Estado acompanha as tendências regional e nacional. No Rio Grande do Sul, foram criadas 23,8 mil vagas em 2013, o que dá 73% a menos que em 2014. E no Brasil, a redução foi de 64%, com uma que de 1,1 milhão de empregos em 2013 para 396 mil gerados no ano passado – é o menor número desde 1999.

A criação de novos empregos nos últimos 12 anos. 

PELOTAS

2002: 1.269

2003: 869

2004: 624

2005: 628

2006: 1.979

2007: 3.153

2008: 1.690

2009: 2.489

2010: 4.076

2011: 3.785

2012: 1.513

2013: 2.863

2014: 201

RIO GRANDE

2002: 946

2003: 1.041

2004: 1.789

2005: 1.092

2006: 2.011

2007: 1.613

2008: 789

2009: 818

2010: 2.791

2011: 3.216

2012: 7.238

2013: 519

2014: 944

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