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Entregadores de aplicativo anunciam paralisação nacional

Entregadores de aplicativo anunciam paralisação nacional
20 março
11:11 2025

Nos dias 31 de março e 1º de abril, entregadores de aplicativos de todo o Brasil vão cruzar os braços em mais uma paralisação nacional

O movimento, que ficou conhecido como Breque Nacional dos Apps, anunciou que neste ano de 2025 já conta com a adesão de trabalhadores de pelo menos 20 estados, segundo os organizadores, “pela luta contra a precarização do trabalho imposta pelas plataformas digitais”.

A organização e mobilização dos entregadores ganhou expressão e força durante a pandemia, quando milhares de jovens desempregados passaram a trabalhar nos aplicativos de entrega. De lá pra cá o trabalho essencial dessa categoria considerada precarizada só ganhou importância.

Enquanto as empresas de aplicativos viram seus lucros dispararem, os entregadores continuaram sem qualquer direito trabalhista, expostos a condições precárias e enfrentando jornadas extenuantes para conseguir sobreviver.

Os trabalhadores seguem denunciando um modelo de exploração no qual as empresas não assumem nenhum custo ou obrigação, deixando os entregadores arcando com todos os gastos do trabalho e expostos a riscos constantes, incluindo acidentes graves e fatais.

As reivindicações da categoria são: Reajuste da taxa mínima de R$ 6,50 para R$ 10,00 por entrega; Aumento do valor por quilômetro de R$ 1,50 para R$ 2,50, cobrindo os custos reais do deslocamento; Limitação das rotas para ciclistas, estabelecendo um máximo de 3 km por pedido; Pagamento integral por entrega, evitando cortes arbitrários quando há múltiplos pedidos no mesmo trajeto.

Além disso, os entregadores consideram justo o pleito pelo reconhecimento do vínculo trabalhista da categoria e por plenos direitos trabalhistas para os chamados trabalhadores uberizados.

Um projeto de lei apresentado pelo governo Lula pretende regulamentar a relação de trabalho dos aplicativos e plataformas digitais, não reconhecendo o vínculo empregatício dos motoristas de aplicativos com as empresas que os utilizam.

“Batalhamos em cada local de trabalho para unir forças e exigir das grandes centrais sindicais, como CUT e CTB, que rompam com sua paralisia e coloquem de pé as lutas que se espalham pelo país, como o anúncio do Breque dos APPs por condições de trabalho e direitos, pelo fim da escala 6X1, pela revogação das reformas trabalhista e da previdência, por igualdade de escalas e direitos de efetivos e terceirizados e por sua incorporação sem concurso público nas estatais e unidades do funcionalismo onde trabalham”, diz o manifesto da categoria.

 

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