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domingo, 24 de novembro de 2024

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Esclerose múltipla afeta cerca de 40 mil brasileiros

Esclerose múltipla afeta cerca de 40 mil brasileiros
13 dezembro
13:20 2019

No mundo, esse número salta para cerca de 2,5 milhões de pacientes. Saiba quais são os sintomas da doença

Pelo menos 40 mil brasileiros um dia desprezaram os primeiros sintomas de esclerose múltipla (EM), doença que acomete o sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal). No mundo, esse número salta para cerca de 2,5 milhões de pacientes que começaram sua jornada apresentando uma fadiga intensa ou a perda de força, formigamento, alteração do equilíbrio e da coordenação motora, alterações visuais, disfunção intestinal e da bexiga. Sintomas que sozinhos podem indicar diversas doenças.

“O que diferencia a esclerose múltipla é a forma de evolução desses sintomas”, explica o neurologista de Catanduva, Antônio Stefano B. Nascimben. A doença geralmente surge sob a forma de surtos – sintomas neurológicos que duram ao menos um dia. A progressão, a gravidade e a especificidade dos sintomas são imprevisíveis e variam de uma pessoa para outra, o que faz com que ela seja pouco conhecida e, por diversas vezes, confundida. Alguns indivíduos são minimamente afetados, enquanto outros sofrem rápida progressão até a incapacidade total.

Ainda cercada de dúvidas – não se sabe exatamente quais suas causas -, a EM é uma doença autoimune, ou seja, o próprio sistema imunológico da pessoa ataca o sistema nervoso central, que interfere na comunicação do cérebro com todo o corpo. A doença atinge uma maioria de pacientes jovens, principalmente mulheres entre 20 e 40 anos, o que resulta em um impacto pessoal, social e econômico considerável por ser uma fase extremamente ativa.

“A primeira coisa a ser feita em caso de ‘suspeita’ de EM é buscar esclarecer o diagnóstico. Deve-se então procurar um médico neurologista, que é o profissional mais adequado para investigar e tratar os pacientes acometidos. Existe uma série de doenças inflamatórias e infecciosas que podem ter sintomas semelhantes ao da esclerose. O diagnóstico é feito pelos sinais e sintomas, associados a exames de ressonância magnética de crânio, coluna cervical e torácica, liquor e exames laboratoriais. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico e iniciar o tratamento, melhores serão os resultados na tentativa de retardar a doença”, explica Nascimben.

O diagnóstico precoce é o maior aliado do paciente. Quando tratada, a evolução da EM pode ser controlada. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza diversos tratamentos para as fases da condição. As terapias buscam reduzir a atividade inflamatória e os surtos ao longo dos anos contribuindo para a redução do acúmulo de incapacidade durante a vida do paciente. Além do foco na doença, tratar os sintomas – como os urinários e a fadiga – é muito importante para manter a qualidade de vida do paciente.

“O trabalho de conscientizar as pessoas sobre a esclerose múltipla é um trabalho de formiga. Às vezes as pessoas falam da doença como se fosse terminal, quando, na verdade, é o início de uma nova vida. Com muita dificuldade, o nosso dever é esclarecer as dúvidas da população”, finaliza Nascimben.

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