Diário da Manhã

quinta, 26 de dezembro de 2024

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Espetáculo Ubumpuru Transversal – Uma Corpa Marginal chega a Pelotas no sábado

Espetáculo Ubumpuru Transversal – Uma Corpa Marginal chega a Pelotas no sábado
13 setembro
19:27 2023

Com financiamento PRÓ-CULTURA RS FAC – Fundo de Apoio à Cultura, do Estado do Rio Grande do Sul, através do Edital FAC das Artes de Espetáculo da Secretaria de Estado da Cultura do RS – Sedac, projeto conta com apresentações, debates e obras audiovisuais. A apresentação gratuita acontece no Mercado Central

Desde o dia 07 de setembro o público de nove municípios gaúchos pode conferir a turnê de estreia do projeto UBUMPURU TRANSVERSAL: Em Travessias InTRANSitivas por Encruzilhadas, um projeto Cênico-Performático-Social, proposto pela multiartista AJeff Ghenes, uma travesti não-binária, periférica e racializada. Com financiamento PRÓ-CULTURA RS FAC – Fundo de Apoio à Cultura, do Estado do Rio Grande do Sul, através do Edital FAC das Artes de Espetáculo da Secretaria de Estado da Cultura do RS – Sedac, o projeto conta com apresentações com direção de Izabel Cristina e Daniel Colin, além de debates e obras audiovisuais.

Em desenvolvimento há 06 meses, UBUMPURU TRANSVERSAL propõe com a criação de um espetáculo composto por múltiplas linguagens das artes da cena, intitulado UBUMPURU TRANSVERSAL – Uma Corpa Marginal, uma estratégia de sobrevivência de uma Corpa Dissidente. O processo integra a pesquisa de Mestrado de Izabel no Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da UFRGS – PPGAC sob orientação da Prof.ª Dr.ª Patrícia Fagundes. A partir do seu contexto e das cruzas que a vida impulsiona, AJeff entrelaça na trama propositiva da criação a sua rede de apoio, artistas diversos que constroem sua trajetória profissional, o que resulta em uma equipe múltipla, em um contexto único de criação. Uma rede é estabelecida e impulsionada pelo propósito de criação em um agenciamento que pretende reivindicar o lugar cênico de uma artista e cidadã que quer falar sobre si – suas memórias, suas vivências – e, assim, falar de tantas outras, travestis, não-binárias, periféricas, racializadas que re(x)istem e vivem no maior país da América Latina.

A circulação da montagem contempla as 09 RFs do estado com apresentações gratuitas em Uruguaiana, Ijuí, Passo Fundo, Santa Maria, Pelotas, Caxias do Sul, Santa Cruz do Sul, Porto Alegre e Capão da Canoa. As sessões contam com debates após a performance a partir de temáticas que abordam questões de gênero, étnico-raciais e diversidade.

Duas obras audiovisuais também integram a proposta, com o registro em vídeo do espetáculo e um documentário sobre o processo de criação, que contarão com direção de Liege Ferreira e Thiago Lazeri, e Julio Estevan na produção do documentário que serão lançadas pelo YouTube da Cia Tem Gente no Palco – Oficial em outubro de 2023. As ações contemplam recursos de acessibilidade com Audiodescrição, Legendagem e LIBRAS executados pela Para Todos e Mil Palavras Acessibilidade Cultural.

UBUMPURU TRANSVERSAL – Uma Corpa Marginal é uma vivência imersiva conduzida pelo corpo e mente de uma A/R/Tógrafa. O espetáculo subverte e decoloniza sua própria linguagem e proposição estética, em uma colagem de samples da Cultura Ballroom e Afrodiaspórica, como uma “transpofagia que evoca o Voguing e a dança afro como elementos identitários e ancestrais desta criação”, afirmam os diretores. AJeff representa não apenas uma corpa em cena, mas inundada de muitas, evocando um ritual ao mesmo tempo ancestral, que se infiltra nas estruturas de uma normatividade cisgênera para emergir em um futuro transformador. “Ubumpuru surge para conectar histórias corporificadas pela simbologia cênica, trazendo ao palco lembranças adormecidas da memória coletiva, narrativas do real e ficcional, através de uma corpa travesti, não-binária, racializada e periférica ressignificando no hoje, o corpo que antes foi exposto”.

As apresentações gratuitas ocorrem no dia 07 de setembro em Uruguaiana, seguindo para Ijuí (8/09, 20h), Passo Fundo (09/09, 20h), Santa Maria (15/09, 19h), Pelotas (16/09, 20h), Caxias do Sul (17/09, 20h – com intérprete de LIBRAS), Santa Cruz do Sul (29/09, 20h) e Capão da Canoa na segunda-feira, 02 de outubro, às 20h. Em Porto Alegre, o público poderá conferir duas sessões no Teatro de Arena, uma gratuita com intérprete de LIBRAS no sábado, 30 de setembro, às 20h, e no domingo, 01 de outubro, às 19h, com ingressos para as duas sessões disponíveis na plataforma Sympla. Para mais informações, acesse – https://www.instagram.com/ubumpurutransversal/

UBUMPURU TRANSVERSAL – Uma Corpa Marginal – circulação

PELOTAS – 16.09 (sábado) – 20h

OUTRO Dances – Praça Sete de Julho, 36. Sala 102. Em frente ao Mercado Público

APOIO: OUTRO Dances

Sinopse: Das rodas feitas em volta de uma fogueira, da bruma borrifada pelas nuvens, das águas calmas e ritmadas de um rio-mar emerge uma Lenda, um Mito, um Rito. Ubumpuru surge para conectar estórias e histórias corporificadas pela simbologia cênica, trazendo ao palco lembranças adormecidas da memória coletiva, narrativas do real e ficcional. Uma Corpa Travesti, Não-Binária, Racializada e Periférica ressignificando no hoje, o corpo que antes foi exposto em galeria como desumano, que agora se expõe e impõe para ser e contar sobre tantas que nos foram tiradas. A oralidade que reconta um feitiço, um pedido, uma canção, no encontro e relação com o outro, no Afeto. Uma estratégia de sobrevivência de quem continua a procurar…

As navalhas que carregam o fio da vida, ela quebrou quando criança. UBUMPURU vê o Aquário… UBUMPURU sente o Fio d’água escorrer… UBUMPURU mira a Água. Sintam!

Classificação: 14 anos

Duração: 60min

FICHA TÉCNICA 

Direção: Izabel Cristina e Daniel Colin

Agenciadora de Composição e Produtora: Izabel Cristina

Artista Performer: AJeff Ghenes

Dramaturgia: AJeff Ghenes e Izabel Cristina

Provocações Dramatúrgicas: Vika Shabbach

Provocações de Materialidades e Soluções Cênicas: Translúcida / Bruta – Carolina Sudati

Figurinos e Caracterização Cênica: AJeff Ghenes

Cenografia Pesquisada: AJeff Ghenes, Daniel Colin, Izabel Cristina

Execução dispositivo cênico (suporte aquário): Shalako

Composição Sonora – Pesquisa e Criação: Lucas Nunes

Concepção de Iluminação – Criação e Execução: Fabi Santos

Projeções e Visualidades: Mário Bressiani

Preparação Corporal: Jessé da Cruz

Preparação Vocal: Franciele Zimmer

Fotografia Cênica: Andrea Seligman

Registros de Ensaios: Eulália Nascimento e Júnior Jorgens

Assessoria de Imprensa: Bruna Paulin – Assessoria de Flor em Flor

Assessoria de Comunicação, Marketing e Mídias Sociais: Giuliano Pacheco – FG Comunicação

Identidade Visual: Mário Bressiani

Obras Audiovisuais:

Direção de Arte e Imagem: Liege Ferreira

Direção e Edição de Vídeo: Thiago Lazeri

Captação e Edição de Som: Alexandre Kumpinski

Roteiro e Edição de Vídeo Documentário: Julio Estevan

Legenda de Vídeo Documentário: Lais Ramos

Audiodescrição e Legendagem: Letícia Schwartz – Mil Palavras

Intérprete e Tradução em Libras: Ângela Russo – Para Todos Acessibilidade

Produção Geral: Cia Tem Gente no Palco

Saiba Mais

PERFORMER/ATRIZ: AJEFF GHENES, nascida em 25/08/1999, Multiartista, Drag-Queen/Performer, uma Corpa Cafusa, Periférica, Travesti Não-Binária, natural de Veranópolis/RS, onde reside na Rua Papa João Paulo II, nº841. Graduande em MODA na Universidade FEEVALE pelo ProUni. Na sua trajetória e descoberta pelas artes viu uma consequente exploração do seu ser e foi onde começou a questionar e perceber questões relacionadas a sua identidade de gênero e sexualidade. Em 2018 seu caminho a leva a participar do Coletivo GET- Grupo de Estudos Teatrais, onde o espetáculo teatral “Teima Filho, Teima que Dá”, traz à superfície provocações e inquietações sobre potentes discussões sociais, que somadas a sua participação no 1º Laboratório Aberto de Atuação da Terreira da Tribo e, depois, ao integrar a Oficina de Teatro como Instrumento de Discussão Social da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz, fazem com que possa descobrir-se sujeite ative de sua própria história, ocupando espaços e ampliando vozes; reverberando sua existência nas suas criações e experimentos cênicos. Com o GET participou de diversos Festivais de Teatro no estado do RS, no ano de 2019, onde teve seu trabalho reconhecido com 03 prêmios de melhor ator coadjuvante e 01 indicação de melhor ator, assim como, indicações e premiações como figurinista e caracterizador cênico. Em 2020, dentro da Cia Teatral Tem Gente no Palco, grupo de teatro independente da cidade de Veranópolis/RS, onde trabalha como atroz, figurinista, maquiadore e profe de teatro para grupos infantil e juvenil, tendo atuado em 15 espetáculos de teatro até o momento, AJeff inicia uma sucessão de projetos-experimentos trazendo a urgência (a partir da emergência) dessa sua Corpa no Hoje. Seu 1º experimento virtual é dentro do Projeto Satolepe, aprovado pelo Conselho Estadual de Cultura, com a Performance “pANE no CIStema – Um Manifesto Performativo”. Em seguida, nesse Cavalo de Tróia mundial, se propõe a colocar em suspenção a ideia utópica de que todos somos iguais no 1º Projeto EmQuadros da 27ª Edição(1ªVirtual) do Porto Alegre Em Cena, com o trabalho virtual “pER [FORMA] nC – sE: TRANSITaR MARGInal”. E para destrinchar essas vivências de corpos não normativas é contemplade também no Fac-Dgital (Uma iniciativa emergencial da Secretaria Estadual da Cultura do RS para os artistas) com o Projeto Performativo Audiovisual “Ubumpuru Transversal – Um Corpo Marginal” em 3 atos. Em 2021 não parou suas atividades, desenvolvendo trabalhos virtuais junto a ambos os grupos, como as vídeoperformances “CORPAS FEMININAS NA RUPTURA DO CAOS – Uma Instalação Cênico-Performática- Visual” e o projeto “CORPOGRAFIA NA CENA – Processo de Estudo, Criação e Ocupação Artística” contemplado no Edital Criação e Formação Diversidade das Culturas da SEDAC RS em parceria com a Fundação Marcopolo. Realiza trabalho de estudos e descobertas dentro da Performance Cênica, Drag e da Cultura Ballroom em espaços múltiplos, a fim de trazer questionamentos sócio-políticos e proposições quanto às discussões sobre a resistência dessas Corpas diversas, negras, trans, latinas, LGBTQIAP+ na cena performática em espaços de luta pela vida através da ARTE.

DIRETORA E PRODUTORA: Izabel Cristina é diretora e professora de teatro, produtora, dramaturga, pesquisadora e Coordenadora de Artes Cênicas na Prefeitura Municipal de Gravataí, responsável pela coordenação e produção do FETEG – Festival de Teatro de Gravataí e do FESTIL – Festival de Teatro Estudantil deste município. Licenciada em Teatro pela UFRGS, Pós-Graduada em Acessibilidade Cultural pela UFRJ e Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da UFRGS onde pesquisa e investiga experiências e composições da Direção Teatral. Integra o Coletivo Bando de Brincantes de Porto Alegre, diretora na Cia Teatral Tem Gente no Palco de Veranópolis/RS e no GET- Grupo de Estudos Teatrais de Gravataí/RS, sendo responsável pela criação de diversos espetáculos e projetos nas Artes da Cena, como Corpografia na Cena; Consonância do Encontro: o Canto e o Teatro em suas Transversalidades; Corpas Femininas: Calabouços Invisíveis; Teima Filho, Teima que Dá; Mademoiselle; e os infantis Peter Pan: A Magia Continua e o filme-teatro Canto de Cravo e Rosa, a partir da obra homônima de Viviane Juguero. Compõe a Diretoria do Colegiado Setorial Teatro do RS, do SATED/RS e do Coletivo de Festivais de Teatro Interior em Cena. Atua como curadora e avaliadora em Festivais de Teatro, na crítica teatral e na gestão de políticas públicas culturais no RS.

DIRETOR: Daniel Colin é Doutor em Teatro pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Mestre e Bacharel em Artes Cênicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Também é professor convidado da Pós-Graduação Lato Sensu / Especialização – Artes Cênicas (CENSUPEG) e Professor na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Entre suas principais funções na área teatral estão: diretor, ator, performer, dramaturgo, pesquisador e professor. É integrante e membro-fundador do grupo Teatro Sarcáustico, em Porto Alegre/RS, desde 2004. Recebeu, nas mais variadas funções, diversos prêmios, incluindo Açorianos de Teatro, Tibicuera de Teatro Infantil, Braskem em Cena, RBS Cultura e Trajetórias Culturais. Trabalha em eventos de grande porte como Natal Luz de Gramado desde 2011 até os dias atuais. Sua pesquisa teórico-prática pessoal articula conceitos como corpo, performance, arte e atuação em relação com estudos sobre decolonialidade, gênero e sexualidade, a partir da qual resultaram suas investigações de mestrado e doutorado. Ministra oficinas e workshops de temáticas diversas, dentre elas: direção cênica, dramaturgia, performance, atuação e práticas decoloniais.

PROVOCAÇÕES DE MATERIALIDADES E SOLUÇÕES CÊNICAS: Carolina Sudati a.k.a. Translúcida /Bruta (SP) atua na relação entre corpo e dispositivos vestíveis, transpondo limitações em expansões e potencializações corporais. A criação sucessiva de devires femininos dos seus projetos Noiva (2015), Mosca-Branca (2016), Ave ou Penas (2017), Sucesso estudo para o fracasso (2017), Experimento Cyborg Mulher-Planta-Máquina (2018) e Perfeita e a Corrida do Ouro (2020) manifestam temas como a intensidade da mulher, os colapsos e a reconexão com o ritmo e meio natural. Junto aos artistas associados com os quais trabalha cria performances-instalações, videoperformances, roupas-objeto e laboratórios em contextos e fomentos como a ACCC, Arte Serrinha, Mas Els Igols, Sesc, MinC, ProAc. Dedica-se cada vez mais à investigação na prática artística, com mapas de conhecimento e parâmetros específicos de operação que incluem práticas de transe e de ampliação de consciência.

Realizou colaborações com outrxs artistas trabalhando e estudando com Jorge Garcia [JORGE GARCIA DANÇA CONTEMPORÂNEA] e com Fernando Martins [PLATAFORMA SHOP SUI] com os quais desenvolveu trabalhos dentro e fora de cena. Em performance trabalhou com Claudia Müller, Pedro Paulo Rocha [a_factory / REDE TRANZMÍDIAS] e na ativação da obra DANCE CONSTRUCTIONS da artista Simone Forti na 30ª Bienal.

PROVOCAÇÕES DRAMATÚRGICAS: Vika Schabbach é atriz, produtora, dramaturga e professora. Formada em Interpretação Teatral e Licenciatura em Teatro, mestra e doutora em artes cênicas (UFRGS). Incursionou na dramaturgia a partir da sua pesquisa de mestrado em que, mergulhada na obra e na vida de Virginia Woolf, criou o texto dramático Virginias (Edipucrs/2018). Em 2019 colaborou na dramaturgia do espetáculo Terra Adorada (Açorianos de dramaturgia 2019), em 2020 participou da coletânea Enquanto estamos aqui – Canções da quarentena (Bohn Publishing/2020), em 2021 colaborou com a dramaturgia da performance audiovisual Corpografia na Cena. É integrante do coletivo As DramaturgA, dividindo seu tempo entre a escrita, a atuação e a docência no curso de teatro da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e no Centro de pesquisa e pós-graduação Censupeg no curso de Especialização em Artes Cênicas.

PRODUÇÃO GERAL – CIA TEM GENTE NO PALCO: A Cia Teatral Tem Gente no Palco é um coletivo artístico independente, com sede no município de Veranópolis/RS, que desde 2012 atua nas artes da cena através da pesquisa, criação e produção de projetos culturais, conteúdos artísticos, espetáculos e oficinas teatrais. Suas oficinas são gratuitas e oferecidas à comunidade local para grupos infantil, juvenil e adulto. Tendo como últimos projetos realizados, através de editais de fomento à cultura, as obras “Consonância do Encontro: O Canto e o Teatro em suas transversalidades”, “Descarte Humano: do concreto ao invisível”, “Corpografia na Cena: Processo de Estudo, Criação e Ocupação Artística” e “Canto de Cravo e Rosa”. Entre seus mais de 20 (vinte) espetáculos montados, em sua maioria de dramaturgia autoral, destacam-se: Mademioselle, La Prima Canzone, Peter Pan – A magia continua, Adolescentes.com, Os Saltimbancos, Teima Filho Teima que dá, Um certo Cavaleiro errante e sua linda Flor. As produções do Coletivo nascem a partir de vivências e memórias afetivas compartilhadas e são construídas na interface entre diferentes linguagens: teatro, música, dança, artes visuais, audiovisual e literatura. O principal objetivo do grupo é sensibilizar o público naquilo que existe de mais humano em cada um, levando-o à reflexões e questionamentos em busca da diversidade, inclusão, formação de plateia e fruição da arte.

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