Esponjas: as vilãs da cozinha
Sem higienização adequada, o item se torna criadouro de germes
Um estudo realizado pela Fundação de Pesquisa para Saúde e Segurança Social (FESS) revelou que a cozinha é área da casa com a maior concentração de germes. Segundo a pesquisa, uma simples esponja para lavar louça é o produto mais contaminado em uma cozinha, podendo concentrar um criadouro de micro-organismos em razão do acúmulo de restos de alimentos e umidade.
É comum usar a mesma esponja para lavar louças e limpar outros ambientes da cozinha, como mesa, armário, fogão e, em alguns casos, até mesmo o chão para retirar alguma sujeira.
De acordo com Artur Timerman, mestre em infectologia pela USP e consultor de limpeza da Condor, “Este é um erro grave. Usar a esponja desta maneira contribui para a transferência de bactérias e fungos de um local para o outro. As esponjas novas, inclusive, contem milhares de germes por metro quadrado. Por isso, o momento de trocar a esponja é uma questão de bom senso e vai depender se o item é muito utilizado ou não. O recomendado é dispensar a esponja a cada sete dias. Outra recomendação é ter uma para as louças e outra para as panelas e pia”.
Dicas de higienização:
· Sempre remova os restos de comida da esponja;
· Torça o máximo possível e deixe secar se for possível;
· Coloque a esponja em uma xícara com água até cobrir o produto. Deixe no micro-ondas por dois minutos. Segundo os pesquisadores do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), aquecer a esponja reduz em 99% a quantidade de bactérias, bolores e leveduras;
· Outra dica é aproveitar o ciclo de lavagem e secagem da lava-louças e deixar a esponja no compartimento de talheres. Tem a mesma eficácia do micro-ondas;
· Existe também uma opção mais simples: deixar a esponja de molho em um balde com uma solução de 10% de água sanitária e água quente por 10 minutos. Depois lave bem a esponja com água corrente.