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sexta, 08 de novembro de 2024

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BANDEIRA PRETA : Estado lança alerta máximo sobre a aceleração da disseminação da Covid-19

BANDEIRA PRETA : Estado lança alerta máximo sobre a aceleração da disseminação da Covid-19
25 fevereiro
18:46 2021

A partir de agora, os hospitais gaúchos, entre públicos e privados, têm o compromisso de disponibilizar toda a sua estrutura para atendimento de casos de Covid-19

O Centro de Operações em Emergência (COE), do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) publicou um alerta máximo à população gaúcha nesta quinta-feira (25/2) sobre o aumento da transmissão da Covid-19 no Rio Grande do Sul. O documento recomenda e reafirma ações efetivas que possam diminuir a transmissibilidade do coronavírus a partir do comportamento individual e coletivo na sociedade gaúcha.

O alerta chama a atenção para o aumento exponencial de pacientes hospitalizados pela Covid-19, que alcança marcas diárias, superando hoje as projeções matemáticas, com dados que confirmam a alta concentração de circulação viral.

Recomendações do COE/Cevs:

  1. Diminuir a circulação de pessoas.
    a. Ficar em casa.
    b. Respeitar o distanciamento físico de 2 metros entre pessoas que moram em casas diferentes.
    c. Evitar/não realizar reuniões públicas, viagens ou atividades não essenciais.
  2. Identificar e isolar pessoas sintomáticas ou casos suspeitos da Covid-19
    a. Testar pessoas sintomáticas ou contactantes de forma ativa e oportuna.
    b. Garantir isolamento de todas as pessoas com caso suspeito ou confirmado.
  3. Usar de forma adequada as máscaras e higienizar as mãos.

Assinam este documento, mais de 20 instituições e entidades de representação de categorias profissionais:

Ministério Público Federal
Ministério Público do Rio Grande do Sul
Ministério Público do Trabalho
Procuradoria Geral do Estado
Conselho Estadual de Saúde
Federação das Santas Casas
Hospital de Clinicas de Porto Alegre
Grupo Hospitalar Conceição
COSEMS/RS – Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul
FAMURS – Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul
SIMERS – Sindicato Médico do Rio Grande do Sul
CREMERS – Conselho Médico do Rio Grande do Sul
Conselho Regional de Farmácia CRF
Conselho Regional de Enfermagem COREN
SERGS Sindicato dos Enfermeiros do RS
Sindihospa – Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre
AMRIGS – Associação Médica do Rio Grande do Sul
Defesa Civil UFRGS
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
TelessaudeRS-UFRGS
Unimed Federação RGS

RS ACIONA O ÚLTIMO NÍVEL DE PLANO EMERGENCIAL

Diante de uma ocupação superior a 90% dos leitos de UTI no RS e de números negativos que aumentam a cada novo dia, a Secretaria da Saúde (SES) acionou nesta quinta-feira (25/2) o último nível da fase 4 do Plano de Contingência Hospitalar, montado no início da pandemia. “Esta é maior taxa de ocupação até agora, uma situação de extrema gravidade, e será necessária a utilização de espaços disponíveis em cada instituição da rede hospitalar do Estado”, explica o diretor do Departamento de Regulação Estadual, Eduardo Elsade.

Além da suspensão imediata das cirurgias eletivas (com exceção das cirurgias de urgência ou que representem risco para o paciente), deverão ser instalados leitos emergenciais em salas de recuperação e em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) intermediárias. Junto à ocupação dessas áreas a serem disponibilizadas, deverão também ser acionadas as equipes técnicas desses setores, especialmente as equipes médicas e de enfermagem.

“A partir de agora, os hospitais gaúchos, entre públicos e privados, têm o compromisso de disponibilizar toda a sua estrutura para atendimento de casos de Covid-19, porque estamos na fase mais crítica, que precisa de atitudes mais drásticas”, explicou a secretária da Saúde, Arita Bergmann.

Conforme indicava o mapa de leitos no início da tarde desta quinta-feira (25/2), 2.698 leitos de UTI estavam ocupados no RS, incluindo leitos com atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e os privados, a maior taxa de ocupação da pandemia. A lista de espera por leitos em UTI também só cresce. No dia 13 de fevereiro, dois pacientes em estado gravíssimo aguardavam transferência para um leito de UTI. Nesta quinta, o número de pacientes com risco de morte esperando atendimento de UTI é de 30. Outro dado preocupante é cerca de 60% dos pacientes que internam em UTIs morrem.

“Mais de 12 mil gaúchos já perderam a vida para a Covid-19, número maior do que a população de 351 municípios gaúchos. Diante desse cenário catastrófico, a necessidade seria abrir 60 novos leitos de UTI por dia, mas isso jamais será possível”, afirma a secretária Arita.

O Plano de Contingência Hospitalar foi elaborado no início da pandemia e já teve novas versões que acompanharam o avanço da doença. O plano é estruturado em quatro fases e cada uma das etapas sinaliza as ações e a forma como a SES deve organizar os serviços hospitalares e a movimentação da rede para acesso dos pacientes aos serviços.

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