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Evento Corre Preto realizado em Pelotas sofre ataques racistas nas redes sociais

Evento Corre Preto realizado em Pelotas sofre ataques racistas nas redes sociais
14 outubro
17:05 2025

Deputada Laura Sito aciona o Ministério Público por comentários racistas em publicação sobre a corrida realizada pelo Coletivo Corre Preto

A deputada estadual Laura Sito (PT) encaminhou um ofício ao Ministério Público do Rio Grande do Sul, por meio da Promotoria de Justiça de Direitos Humanos, denunciando comentários racistas feitos em uma publicação do jornal A Hora do Sul no Instagram, relacionada a uma atividade do Coletivo Corre Preto.

O grupo, que realiza eventos mensais em Porto Alegre, promoveu no último sábado (11/10) uma edição especial em Pelotas, na região sul do estado, da qual a parlamentar participou. Mais do que um encontro de corridas e caminhadas, o projeto busca fortalecer o sentimento de pertencimento, autoestima e representatividade da população negra, estimulando a ocupação de espaços historicamente marcados pela exclusão. Contudo, a publicação sobre o evento foi alvo de comentários ofensivos e discriminatórios, configurando manifestações de ódio racial.

No documento, a deputada solicita que o MP apure a autoria e o conteúdo dos comentários, preserve as provas digitais e responsabilize penal e civilmente os autores das ofensas, com base na Lei de Crimes Raciais (Lei nº 7.716/1989) e na Lei nº 14.532/2023, que equipara a injúria racial ao crime de racismo.

“O racismo não é liberdade de opinião, mas crime imprescritível e inafiançável, como garante a Constituição Federal. É inaceitável que uma ação afirmativa, voltada à promoção da vida e da dignidade da população negra, seja alvo de ataques racistas”, afirmou a parlamentar (foto).

Vice-presidenta da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, Laura Sito destacou ainda a importância simbólica do Corre Preto como uma iniciativa que reafirma o direito da população negra ao esporte, à saúde e à ocupação dos espaços públicos, transformando o movimento em uma expressão de resistência, dignidade e cidadania.

O ofício encaminhado ao MP inclui prints e links da publicação original, que registram os comentários denunciados.

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