Diário da Manhã

Matheus Baptista, Laura Kerstner, prof. Barz e Pedro Crespo
FOTOS: Cogoy

ENEM, Pave, Prouni e cotas. A realidade do acesso à educação está mudando, e os alunos das escolas públicas estão ansiosos para chegar à universidade. No Colégio Pelotense, entre as atividades do Sábado Pedagógico, prof. Carlos Barz coordenou oficina com ex-alunos. Universitários, Matheus Baptista (medicina), Laura Kerstner (enfermagem), e Pedro Crespo (educação física), compartilharam experiências. Em especial, o recado de Laura, que enfatizou para que os alunos aproveitem o aprendizado no colégio.

Matheus é o único negro na turma de medicina. E menciona que, pelotenses, são apenas quatro colegas. Morador na Castilho, aos dezoito anos ingressou há poucos meses no curso da UFPel. Ele cursou a escola pública, concluindo a educação básica no Pelotense. Em casa conta com o apoio dos pais. O estudante salientou que os livros são caros, e a exigência da formação será de quase dez anos. No entanto, instigou os alunos para a busca pelos objetivos. Matheus conseguiu chegar à medicina através da cota para negros. E diz que, embora pouco, ainda acontece algum preconceito. Inteligente, arguto, Matheus não encara a medicina como perspectiva de boa remuneração no futuro. Ele enfatiza que o trabalho exige a relação com diferentes situações e realidades, implicando num comprometimento social.

Estudantes do ensino médio ouviram sobre o acesso e perspectivas à universidade pública

EXTERIOR – Pedro está concluindo a formação em educação física. Aos vinte anos, está planejando o mestrado e também já especula sobre doutorado. Em 2012 procurou saber sobre as possibilidades de estudo no exterior. E, ao final daquele ano, embarcava para Portugal através do Programa de Licenciaturas Internacionais (PLIC). Em Coimbra cursou educação física até junho deste ano. Com a experiência, além de amizades de diferentes nacionalidades, também a oportunidade de viajar por várias capitais europeias. Sua formação será de ‘bi-graduado’, isto é, diploma valerá no Brasil e também na Europa. A dica aos alunos é para que deixem um pouco de lado o Facebook, e busquem informações, acessando programas, cursos e bolsas.

LIGADOS – Em comum nos três jovens universitários, a motivação pela descoberta, transformando a aprendizagem num momento de prazer. Eles não tem o perfil “nerd” nem intelectualóide, mas estão dispostos a construir um futuro digno e criativo.

(C0G0Y)