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sábado, 27 de abril de 2024

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Expectativa de vida ao nascer no Rio Grande do Sul alcança 76,38 anos em 2021

Expectativa de vida ao nascer no Rio Grande do Sul alcança 76,38 anos em 2021
26 janeiro
14:43 2024

Números mostram impacto da covid-19 nos indicadores de mortalidade no Estado

Em 2021, a expectativa de vida ao nascer no Rio Grande do Sul chegou a 76,38 anos, uma redução de 1,07 anos em relação ao número registrado no Estado em 2020. Os resultados indicam a primeira redução nos números, entre um ano e outro, desde 2010, quando teve início a série histórica, e mostram o impacto direto dos óbitos registrados por conta da covid-19.

As informações do estudo Indicadores de mortalidade para o RS e seus Conselhos Regionais de Desenvolvimento – 2010-21, produzido pelo Departamento de Economia e Estatística, vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (DEE/SPGG), mostram que as doenças infecciosas e parasitárias, categoria da covid-19, foram a principal causa de óbito entre os moradores do Rio Grande do Sul em 2021, responsáveis por 26,4% do número total de 117.722 óbitos. Em 2020, elas foram a terceira principal causa de mortes no Estado e, em 2019, ocupavam o nono lugar.

As informações para o estudo, elaborado no DEE/SPGG pela pesquisadora Marilene Bandeira, foram obtidas a partir de dados do próprio DEE/SPGG, do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS) – vinculado ao Ministério da Saúde, e da Secretaria de Saúde do Estado. Para as projeções populacionais, foram consideradas as estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2021. O número total de mortes no ano foi 26,9% maior do que o registrado em 2020.

“A mudança do perfil da mortalidade por causa da covid-19 foi mais intenso ainda em 2021, quando comparado com os anos anteriores. Em 2020, tivemos os primeiros impactos dos óbitos por covid-19 na expectativa de vida, mas em 2021 tivemos o ápice desses números”, ressalta a pesquisadora.

Principais causas de mortes

Em uma projeção realizada no estudo, caso as mortes por doenças infeccionas e parasitárias fossem excluídas do cálculo, a expectativa de vida ao nascer no Estado seria de 78,33 anos, 1,95 anos mais do que o número final. O material elaborado pelo DEE/SPGG aponta ainda para a manutenção da diferença de 7 anos na expectativa de vida ao nascer entre homens e mulheres no Rio Grande do Sul. Para as mulheres, a estimativa chegou a 79,88 anos em 2021, enquanto para os homens foi de 72,86 anos.

Seguindo as doenças infecciosas e parasitárias, as doenças do aparelho circulatório ocuparam a segunda colocação entre as causas de mortes no Estado em 2021, com 19,8% do total, seguidas das neoplasias (câncer), com 16,9%, das doenças do aparelho respiratório (7,1%) e de causas externas (6,5%). Entre a população de um a 34 anos de idade, as causas externas, como homicídios, acidentes de transporte, suicídio e quedas, ocupam a primeira posição como principais causas de morte. A partir dos 35 até 79 anos, as doenças infecciosas e parasitárias tornam-se as líderes.

Resultados por regiões

A expectativa de vida média ao nascer entre as 28 regiões dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul (Coredes) também está contemplada no estudo do DEE/SPGG. A diferença entre a maior e a menor estimativa de expectativa de vida ao nascer nos Coredes é de 5,01 anos.

Os dados indicam que em 2021 uma pessoa da região do Corede Norte, que engloba a região de Erechim, tinha expectativa de viver 79,66 anos, a mais alta do Estado. Na sequência vinha o Corede Nordeste, que engloba municípios como Lagoa Vermelha e Machadinho, com 79,34 anos, e Vale do Jaguari, que inclui Santiago e Cacequi, com 79,11 anos. Os Coredes das regiões da Campanha (74,65 anos), Vale do Rio dos Sinos (74,66) e Fronteira Oeste (74,69) registraram os menores números.

Coredes

Os Coredes foram criados oficialmente pela Lei 10.283/1994 e são um fórum de discussão para a promoção de políticas e ações que visam ao desenvolvimento regional. Atualmente, o Estado conta com 28 Coredes, que são espaços para promoção do debate e elaboração de diagnósticos sobre a realidade local e formulação e implementação de políticas de desenvolvimento integrado das regiões.

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