Feno grego: planta medicinal pouco conhecida e poderosa
Nutricionista fala sobre os benefícios para o nosso organismo, mas alerta que o consumo inadequado pode trazer riscos
O feno grego, também conhecido como Alforva, é uma planta antiga e muito conhecida no continente asiático. Geralmente são utilizadas suas sementes, onde se encontram mais propriedades medicinais, mas as folhas também podem ser manipuladas e preparadas como chá. Outra opção ainda, é o pó das sementes, que pode ser adicionado em receitas e preparações, ou transformado em capsulas, onde a concentração e dosagem irá variar de acordo com cada objetivo.
O feno grego é rico em vários nutrientes, como vitaminas A, C e do complexo B, minerais como magnésio, ferro, cálcio, potássio, flavonoides, diosgenina (composto com propriedades parecidas ao estrógeno) e fibras. “Ele ajuda a reduzir os níveis de glicose no sangue, beneficiando os diabéticos. Diminui e melhora os níveis de colesterol, ajuda a diminuir os riscos de problemas cardiovasculares, tem funções antioxidantes e anticancerígenas, melhora a libido, é bom para os hormônios, anti-inflamatório, melhora a digestão, e pode ser usado ainda de forma tópica para tratar alguns problemas de pele e cabelos”, explica a nutricionista e pesquisadora Aline Quissak.
Ele possui também, propriedades capazes de auxiliar na libido, melhorar os sintomas da TPM e reduzir os da menopausa (ondas de calor e oscilações de humor), porque contém a diosgenina, que faz com que os hormônios femininos fiquem balanceados. Além disso, pode ser utilizado para estimular a produção de leite em mulheres que estão no período de amamentação. “As lactantes podem começar a produzir mais leite dentro do período de 24h a 72h horas após o consumo do feno grego. A planta é considerada segura para as mães que amamentam desde que sempre seja usada com moderação”, previne a especialista.
A planta não traz benefícios apenas às mulheres. Pesquisas revelaram que ela pode promover bons níveis de testosterona em homens, melhorando o desempenho e as funções sexuais, bem como ajudar no ganho de massa muscular de forma natural e melhorar a disposição. E, apesar de todos esses benefícios, Aline alerta para o consumo exagerado que pode trazer riscos. “Essa planta pode causar alguns efeitos colaterais – a longo prazo -, ou se consumida de maneira inadequada, podendo provocar desconforto intestinal, náuseas, suor, mudanças no cheiro da urina e/ou leite materno. Pode causar ainda reações alérgicas, quando usada para aplicações na pele. O uso do feno grego é contraindicado durante a gravidez, pois pode causar contrações uterinas e, portanto, provocar trabalho de parto prematuro ou até mesmo o aborto. O consumo traz benefícios, mas deve ser feito com cautela e sempre após consultar um especialista. As recomendações para o uso precisam ser feitas de maneira individual”, finaliza.
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