Gabinetes recebem exposição itinerante de obras de arte

Os objetos serão trocados periodicamente e a proposta é oportunizar que as diferentes coleções que integram a Rede de Museus da UFPel possam estar em evidência
Os gabinetes da Reitoria e da Vice-Reitoria da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), locais por onde passam inúmeros visitantes, estão abrigando exposições itinerantes. Quem for recebido nos espaços poderá apreciar obras oriundas do acervo do Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo (MALG), da própria Universidade. O intuito da ação é mostrar, para as pessoas que visitam a Instituição, parte do patrimônio da UFPel.
Os objetos serão trocados periodicamente e a proposta é oportunizar que as diferentes coleções que integram a Rede de Museus da UFPel possam estar em evidência nos locais. A primeira exposição deverá ficar nos gabinetes por cerca de seis meses.
A reitora Ursula Silva salienta que a iniciativa é uma maneira de dar visibilidade aos acervos, já que os gestores recebem diversas pessoas, de expressão nacional e internacional, em seus locais de trabalho. “O Museu é um espaço educativo, que queremos trazer para esse espaço de relações interinstitucionais, também como local de mostra”, salienta. Trata-se, explica, de destacar e valorizar obras que muitas vezes permanecem mais tempo guardadas, especialmente se por vezes não encontram uma relação com exposições vigentes. O MALG, por exemplo, possui mais de cinco mil itens em acervo.
A curadoria dos objetos, nesta primeira exposição, deu destaque a artistas mulheres, pelotenses e brasileiros do acervo do MALG. A sala da reitora recebe as obras “Vínculo”, de Arlinda Nunes (1988), “Você me olha por quê? Por que você está me olhando?”, de Beatriz Milhazes (1992) e “Moinho do Rio Este”, de Leopoldo Gotuzzo (1929). O gabinete do vice-reitor, Eraldo Pinheiro, exibe “Descanso dos Balaieiros”, de Notari (1989), obra sem título de Povo (2014), “Ameríndios”, de Povo (sem data) e “Flying Fishes”, de Ueda Gagyu (1979).
Mudança de ares sob cuidados
As obras foram selecionadas a partir de uma curadoria coletiva, direcionada ao gosto pessoal dos gestores, após uma pré-seleção enviada pelo MALG. Conforme o conservador restaurador do Museu, Fábio Galli, foi realizado um completo trabalho de courier. Inicialmente, as peças escolhidas passaram por uma revisão total do estado de conservação e por registros fotográficos, feitos para acompanhar a situação das obras em função da mudança de ambiente. Após o embalo adequado e feito o registro de saída do acervo, a equipe do Museu realizou o trabalho de transporte e montagem nos ambientes, com o auxílio de servidores da área de Manutenção da Universidade. “Foram vários atores envolvidos. Um trabalho muito gratificante de fazer”, conta.
Durante o período em que estiverem nos gabinetes, as obras serão acompanhadas pela equipe do MALG, que irá avaliar sua estabilidade em função de possíveis mudanças de umidade e temperatura, por exemplo, de maneira semelhante ao que ocorre em uma exposição realizada nas dependências do próprio Museu.