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quarta, 11 de dezembro de 2024

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Ministério Público denuncia envolvidos em esquema criminoso dentro do Presídio Regional de Pelotas

Ministério Público denuncia envolvidos em esquema criminoso dentro do Presídio Regional de Pelotas
10 dezembro
08:23 2024

Todos, entre eles um policial penal, foram responsabilizados por organização criminosa

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (GAECO/MPRS) denunciou 24 envolvidos em esquema comandado por facção de dentro do Presídio Regional de Pelotas (PRP) para vender drogas e oferecer empréstimos a juros abusivos. Todos, entre eles um policial penal, foram responsabilizados por organização criminosa, com pena prevista de três a oito anos de prisão, além de multa. Esta é a primeira parte da denúncia, que foi oferecida dia 5 de dezembro à Justiça. A investigação continua sobre outros crimes detectados nas operações “Caixa-Forte II” e “El Patron”, deflagradas no dia 22 de novembro.

O promotor de Justiça Rogério Meirelles Caldas, do 10° Núcleo do GAECO/Sul, responsável pelas apurações e denúncia, ainda pediu a prisão preventiva de quatro denunciados e a perda do cargo do policial penal. Segundo ele, já foram contabilizadas 28 prisões, 53 celulares apreendidos, drogas, quase R$ 70 mil em espécie e documentos relacionados à contabilidade do tráfico de drogas. Também já foram localizados mais de 10 dos 28 veículos que foram alvo de busca, bem como 12 armas. Rogério Caldas ainda informa que mais de R$ 700 mil foram bloqueados e cerca de sete toneladas de carne foram apreendidas.

CAIXA-FORTE II E EL PATRON

Uma das operações foi desencadeada para conter o tráfico de drogas e o ingresso de celulares no PRP e em casas prisionais de Charqueadas e Bagé, bem como, para atacar a venda de drogas na Região Sul do Estado. Já a El Patron mirou no braço financeiro da organização criminosa ao desmantelar um esquema de agiotagem com juros abusivos, chegando até 280%, jogos de azar, rifas e lavagem de capitais. A facção movimentou desde 2023 mais de R$ 32 milhões.

Houve o bloqueio de 1,3 mil contas bancárias e o sequestro judicial de quatro imóveis e 10 empresas, entre açougues, frigorífico e imobiliárias no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. A apuração do GAECO continua com a análise de documentos e busca por mais veículos e interrogatórios de suspeitos. Ao todo, são 118 pessoas investigadas, entre elas, 27 apenados, sendo oito transferidos do PRP. A investigação iniciou em dezembro de 2023.

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