Diário da Manhã

segunda, 29 de abril de 2024

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Gestão Ambiental registra aves ameaçadas de extinção

22 abril
16:25 2014

Conhecido por sua grande extensão territorial e biodiversidade, o Brasil abriga 1901 espécies de aves segundo cálculos recentes do Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (CBRO, 2014), sendo que 661 já foram registradas no Rio Grande do Sul. Muitas delas, no entanto, estão ameaçadas de extinção em decorrência de uma série de fatores. Nas obras de duplicação da BR-116/RS, a equipe da Gestão Ambiental (STE S.A.) registrou exemplares destes animais por meio de campanhas do Programa de Monitoramento de Fauna e Bioindicadores.

Na última amostragem, realizada em fevereiro, a equipe identificou a presença do corocoxó (Carpornis cucullatus) na área de controle do Rio Camaquã. Segundo o ornitólogo (especialista em aves) da Gestão, Felipe Bonow, a espécie é considerada globalmente “quase-ameçada” pela Birdlife International – uma rede global de parceiros para conservação ambiental. O corocoxó é encontrado exclusivamente no Brasil, do Espírito Santo ao Rio Grande do Sul, especialmente em áreas de Mata Atlântica. Além disso, é considerado incomum. Vive solitário no interior da floresta, sendo mais ouvido do que observado.

Corocoxó, coleiro-do-brejo e pica-pau dourado são alguns exemplos de animais encontrados na região das obras de duplicação da BR-116/RS

Corocoxó, coleiro-do-brejo e pica-pau dourado são alguns exemplos de animais encontrados na região das obras de duplicação da BR-116/RS

Em campanhas anteriores também houve registros de outras espécies enquadradas em alguma categoria de ameaça no Estado. Entre elas, está o coleiro-do-brejo (Sporophila collaris), pequeno pássaro campestre que se alimenta de grãos e sementes, encontrado ocasionalmente próximo a banhados ao longo do litoral. Essa ave está na categoria de ameaça como “vulnerável”, segundo o Livro vermelho da fauna ameaçada de extinção no Rio Grande do Sul.

Da mesma forma, o tucanuçu (Ramphastos toco), o pica-pau-dourado (Piculus aurulentus) a boininha (Spartonoica maluroides) e o pavó (Pyroderus scutatus) também estão em alguma categoria de ameaça no Estado. A constante perda e descaracterização do hábitat destes animais, na avaliação de Felipe, é uma das principais causas para o risco de extinção e consequente perda de diversidade biológica.

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