GOLAÇO: Futebol como reforço inclusivo
TRABALHO, descontração e seriedade jogam juntos no projeto futebolístico
Chutes pra cá, pra lá, dribles, passes, lançamentos, gols, enfim, sorrisos de satisfação e contentamento. O placar estimula, incentiva, mas não é o mais importante: o adversário a ser “batido” é a exclusão, o preconceito. O projeto futebolístico da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais(APAE) de Capão do Leão é mais uma ferramenta voltada à inclusão, a integração. Não tem nome, mas poderia se chamar Inclusão Futebol Clube. É coordenado pelo professor Fabrício Borges, há mais ou menos 1,5 ano, e atualmente conta com a participação de 12 a 15 alunos com idades que variam entre 12 e 20 anos.
No gramado do Fluminense Futebol Clube, no Cerro do Estado, eles correm, brincam, treinam com seriedade, mostram impressionante habilidade e intimidade com a bola. A disciplina é um dos pontos fortes. Ela está presente dentro e fora de campo e das quadras. Aos que estudam em instituições de ensino regular é cobrada frequência, também regular.
“O principal objetivo do projeto é a inclusão dos alunos numa atividade esportiva, assim como a integração com outras instituições”, confirma o professor Fabrício. Ele recorda, orgulhoso, as performances da equipe em amistosa disputa no futsal, em Arroio Grande.
“Começar vencendo foi importante, principalmente pra elevar a auto-estima. Já no segundo jogo realizado em Capão do Leão tivemos a oportunidade de retribuir a bela acolhida que tivemos em Arroio Grande e mais uma vez a equipe se comportou bem. Em um jogo mais disputado o resultado foi o empate, mas o que me deixou feliz foi ver a integração e o respeito com que eles encararam os dois jogos”, ressalta o orgulhoso treinador.
ATIVIDADES da equipe formada pelo professor Fabrício(D) são alicerçadas na disciplina e focadas na inclusão e integração
Os treinamentos visam outras disputas, sem compromisso, sem cobranças. Tudo em nome da elevação da autoestima.
A APAE existe em Capão do Leão há sete anos. É mantida a partir de convênio com a Prefeitura Municipal, que lhe cede professores e apóia em atividades diversas. A entidade também realiza diversas atividades com foco na arrecadação de recursos para a sua manutenção.
No momento, a instituição que ocupa as antigas instalações da Escola Estadual Faria Santos, no Cerro do estado, atende cerca de 80 alunos, em dois turnos, todos envolvidos em atividades inclusivas. A professora Tatiana Albuquerque Ferreira é a diretora da instituição que tem na presidência Paulo Xavier da Costa. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (53) 3274-4529.
