HE-UFPel elabora plano de contingência para casos de catástrofes climáticas
Finalidade é planejar ações diante de eventos ambientais que ocasionem situações como falta de energia, de água e falhas no sistema de informação
O Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas (HE-UFPel), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), elaborou o plano de contingência para situações de catástrofes por condições climáticas, principalmente enchentes e alagamentos. O planejamento visa à organização dos serviços, no sentido de mitigar riscos de desassistência hospitalar como em casos de desabastecimento de insumos, falta de energia e de água, e falhas no sistema de informação e de comunicação. O documento é inédito na unidade hospitalar e surge diante do estado de calamidade pública devido às enchentes que afetam 437 dos 497 municípios do Rio Grande do Sul.
“A organização e o planejamento são grandes diferenciais para o enfrentamento de períodos críticos. Termos o plano de contingência, construído por diversas representações das três gerências (assistência, administrativa e ensino) e compartilhado antecipadamente com todos os trabalhadores, traz segurança para a operação do hospital ainda que em cenários adversos”, enfatizou a superintendente do HE-UFPel, Carolina Ziebell.
A primeira versão do plano de contingência foi publicada no dia 4 de maio. Já a segunda edição do plano (em que foi trabalhado o nível dois – de atuação) foi divulgada em 23 de maio. Os documentos tiveram a elaboração da chefe do Setor de Gestão da Qualidade (STGQ), Susana Cecagno. Os processos foram desenhados de forma coletiva, com atuação de profissionais e chefias das unidades envolvidas, e teve a colaboração de diversas áreas do HE-UFPel. O documento foi validado pela Superintendência, em conjunto com a Gerência de Atenção à Saúde e as divisões Médica, de Enfermagem e da Gestão do cuidado.
“O hospital tem organizado seus serviços no intuito de identificar situações críticas de desabastecimento, visando à mitigação de riscos sistêmicos e comprometimento na oferta de serviços à população. O documento apresenta o plano das ações previstas para contingenciamento e gerenciamento de riscos assistenciais e administrativos, no intuito de identificar situações críticas de desabastecimento, visando a mitigação de riscos sistêmicos e comprometimento na oferta de serviços à população”, afirmou Susana.
Na região Sul do país, os municípios de Pelotas e de Rio Grande são áreas de risco para grandes inundações por conta das condições geográficas, o que pode gerar agravos para os serviços de saúde. “Esse é o primeiro plano de contingência para catástrofes que estamos trabalhando e ele tem trazido questões muito importantes, inclusive para serem trabalhadas em nível de cogestão municipal. É um planejamento que traz segurança e aprendizado, principalmente em relação a hora de disparar cada etapa do plano., destacou a gerente de Atenção à Saúde, Samanta Madruga.
O HE é hospital de retaguarda para serviços da rede regional de atenção à saúde que necessitarem de contingenciamento e transferência de pacientes. “Nesse caso específico, estamos dando a retaguarda à gestação de alto risco de Rio Grande, que está com os atendimentos suspensos. Aumentamos 10 leitos na maternidade e cinco leitos de unidade semi-intensiva neonatal”, informou Samanta. No momento, estão suspensos os procedimentos cirúrgicos eletivos, exceto os oncológicos.