Jovem é executado com cinco tiros no bairro Getúlio Vargas
Nos últimos três dias duas pessoas foram assassinadas a tiros, elevando para sete o número de homicídios na cidade
Maurício foi morto no BGV
Ontem, o jovem Maurício da Silva Tavares, de 19 anos, foi executado com cinco tiros, no Núcleo Habitacional Getúlio Vargas, na Zona Norte. A vítima anterior foi o comissário aposentado Marcos Antonio Silva e Silva, de 65 anos.
Maurício foi morto no início da tarde de quarta-feira, no Getúlio Vargas. Foi atingido pelos disparos que o alvejaram na cabeça, quando caminhava pela Avenida Um, junto com sua namorada. Mesmo ferido ele chegou a correr por três quadras, para tentar fugir, mas não resistiu à gravidade dos ferimentos e caiu morto próximo a um campo. Sua namorada ainda tentou buscar ajuda para socorrê-lo. Uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou a ir até o local, mas a vítima já havia entrado em óbito.
Testemunhas informaram aos agentes da Delegacia de Homicídios e Pessoas Desaparecidas, que os dois suspeitos estavam com os rostos encapuzados e em uma motocicleta. A vítima se queixava aos familiares de estar recebendo ameaças.
Nos próximos dias Delegacia marcará o depoimento de familiares e amigos, para tentar apurar o motivo e identificar os autores do assassinato.
COMISSÁRIO – A Polícia já identificou o autor da morte do comissário aposentado. O homem é de Rio Grande e teria retornado ao município após matar o policial. Na segunda-feira ele foi executado a tiros quando chegava em casa, no Bairro Fragata. A investigação do crime tem mobilizado os policiais da Delegacia de Homicídios e Regional, além de outros policiais que estão empenhados em elucidar a trágica morte do policial civil aposentado, que atuava no momento como advogado criminalista.
Graças a um eficiente trabalho de inteligência policial, foi possível apurar que o suspeito seria de Rio Grande, cidade aonde inclusive foi encontrada incendiada o automóvel Ônix usado na fuga. O delegado responsável pelo caso deve pedir a prisão preventiva do suspeito.
Ainda está sendo investigada qual a participação de uma mulher que também foi detida e que prestou depoimento negando envolvimento no caso. Testemunhas viram a suspeita circulando nas imediações da casa do comissário durante o dia, e acreditam que ela estivesse monitorando os passos dele para informar ao autor dos disparos. Depois do crime ela fugiu com ele no mesmo veículo.
O crime ocorreu na Rua Domingos Guedes Cabral, na Cohaduque, no Bairro Fragata. A vítima foi surpreendida pela mulher quando estacionava o veículo. O comissário conversou rapidamente com ela, e em seguida um rapaz que vestia uma camiseta vermelha também se aproximou e depois de solicitar ao advogado que entregasse a chave de uma casa, sacou de uma pistola 9 mm e efetuou os disparos. Ele chegou a ser socorrido, mas morreu no Pronto-Socorro.
