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sábado, 04 de maio de 2024

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KANIMAMBO MULTICULTURAL : Música, dança, teatro e vestuário africano

KANIMAMBO MULTICULTURAL  : Música, dança, teatro e vestuário africano
17 setembro
09:21 2021

Por Carlos Cogoy

Idealizador Vinicius Moraes

Criado em 2017, o Kanimambo foi idealizado como projeto para trabalho e renda à comunidade de imigrantes senegaleses em Pelotas. Além disso, também visa a divulgação e valorização da cultura africana. A proposta do produtor cultural Vinicius Britto Moraes – à época integrava a coordenação do então Centro Cultural Marrabenta, espaço que procurou difundir e conectar a cultura moçambicana com a cidade e região -, de imediato atraiu a participação do empresário e estudante senegalês Bathie Fall, que está radicado em Pelotas há sete anos. Além de Fall e conterrâneos, que se dedicam à confecção de peças de vestuário com temática africana, a trajetória do Kanimambo também tem contado com a dedicação da jornalista e pesquisadora Ediane Oliveira. Em quatro anos, o projeto conquistou uma sede, periodicamente tem lançado coleções e, durante a pandemia, foi selecionado em editais. Um deles é o Edital Criação e Formação – Diversidade das Culturas -, realizado com recursos da Lei 14.017/20, que está viabilizando a programação desta quinta. Das 15h às 19h, live “Kanimambo Multicultural”, com diferentes atrações. Para assistir no Instagram acesse: @kanimambo_oficial. Já no Youtube, o canal é Kanimambo Multicultural, e no Facebook: @kanimamboatelieafricano

Jornalista Ediane Oliveira

MULTICULTURAL – Na live desta sexta, shows artísticos, e desfile da nova coleção, que reúne cem peças com estampa de capulanas. Conforme Ediane, os modelos pelotenses foram selecionados por chamada pública. Artistas negros estarão interpretando performances teatrais, apresentando músicas, e exibindo coreografias. Quinze peças de vestuário do Kanimambo, serão doadas para o Abrigo Filhos do Sol. No encerramento do festival Kanimambo Multicultural, exibição de documentário sobre os desafios vividos pelos senegaleses. A transmissão, sem a presença de público, será no auditório do Cearte 2 da UFPel. A ação já produziu duas lives: “Cultura afro-brasileira e imigração africana”; “Arte, estética e empoderamento negro”.

BATHIE FALL tem 28 anos, cursa letras francês/português na UFPel, e sobrevive do comércio informal. Em Pelotas desde 2014, ressalta que o Kanimambo já dispõe de sede, e está situado à rua Marechal Floriano 62. Além de trabalho e renda, o objetivo é também a integração cultural, pois os imigrantes africanos ainda são vítimas de racismo e xenofobia. “Atualmente, vinte senegaleses estão na cidade. Já teve mais, porém o número diminuiu bastante. A perseguição aos vendedores ambulantes senegaleses, e violência policial com a apreensão de mercadorias, foram alguns dos maiores fatores dessa evasão, já que o comércio informal era uma das poucas alternativas para auferir renda na cidade. E o Kanimambo, além do trabalho que valoriza nossa cultura, surgiu também com o propósito de oferecer uma outra perspectiva à população. É a chance para que todos conheçam nossa singularidade e cultura. E, com isso, possamos vivenciar, de fato, uma integração, vencendo as barreiras da intolerância”, diz o senegalês.

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