Klécio Santos lança na Feira do Livro a obra “1958 – O ano em que o Pelotas desafiou gigantes”
A partir das 18h, autor autografa publicação que resgata histórias da equipe que superou grandes adversários
O jornalista e escritor Klécio Santos lança oficialmente nesta quinta-feira (13), na Feira do Livro de Pelotas, o livro “1958 – O ano em que o Pelotas desafiou gigantes”. Em pré-venda desde outubro, a publicação retrata o período em que o clube formou uma equipe quase imbatível e fez história ao conquistar o tricampeonato citadino e, no ano de seu Cinquentenário, superar grandes adversários do futebol brasileiro e sul-americano. A sessão em que o autor estará apresentando e assinando a obra será às 18h, na Tenda de Autógrafos.
Através das 205 páginas recheadas de textos e imagens históricas, o autor utiliza sua veia jornalística para transportar o leitor a um universo que vai além do campo da Boca do Lobo. Em “1958”, Klécio traça um panorama cultural e esportivo do Brasil e da cidade de Pelotas na virada da década de 1950. Período em que o país – e a Zona Sul, consequentemente – era profundamente transformado pela construção de uma nova identidade, influenciada por fatos como a conquista da primeira Copa do Mundo pela Seleção Canarinho, dando fim ao “complexo de vira-lata”, e pelo nascimento da Bossa Nova, com João Gilberto, que colocava também a cultura brasileira em destaque mundial.
“Ao mergulhar no ano de 1958, vi que havia mais do que uma história simples sobre o Cinquentenário do Pelotas. Este é um livro permeado de outros elementos, sobre um ano em que o Brasil se redescobria como nação. Busquei transportar essa atmosfera para a Zona Sul do Estado, onde havia uma equipe quase imbatível e que enfrentava de igual para igual os maiores times do Brasil”, conta Klécio.
Feitos e personagens inesquecíveis
Dentre as façanhas do Lobo naquele período, o livro narra confrontos da equipe treinada por Galego contra adversários como Internacional, São Paulo Futebol Clube, América, Rampla Juniors e Gimnasia y Esgrima de La Plata. Além da lendária vitória contra o Fluminense, que tinha debaixo das traves o goleiro Castilho, campeão mundial com a Seleção na Suécia.
Um dos ídolos daquele time áureo-cerúleo que se tornou uma lenda é o goleiro uruguaio Oscar Modesto Urruty. Chamado de “muralha” e exaltado pela imprensa da época por sua técnica e coragem ao disputar a bola com os atacantes, é o único jogador vivo da equipe de 1958. Ao receber em primeira mão o livro há alguns dias, em sua casa pintada nas cores azul e amarelo em Pelotas, o arqueiro hoje com 91 anos lembrou histórias do clube, se emocionou e disse que pretende comparecer ao lançamento oficial da obra.
O livro conta ainda a trajetória de Bedeuzinho, atacante de drible curto e instinto afiado que marcou gols decisivos, incluindo o que garantiu a vitória por 4 a 3 sobre o Fluminense.
Além das histórias dos jogos e craques, Klécio Santos registra ainda relatos que destacam importantes figuras de Pelotas, como Antônio Caringi, Aldyr Garcia Schlee e Carlos Alberto Chiarelli. Do conhecido político que se tornou senador e ministro da República, o livro reproduz entrevista feita com o goleiro Castilho em sua passagem pelo sul do RS, publicada na Revista dos Esportes quando ainda era um jovem repórter iniciante.
SERVIÇO
O que: lançamento e sessão de autógrafos do livro “1958: O ano em que o Pelotas desafiou gigantes, de Klécio Santos (editora Cabrion).
Quando: quinta-feira, 13 de novembro 18h.
Onde: Tenda de Autógrafos da Feira do Livro de Pelotas.







