Diário da Manhã

terça, 23 de abril de 2024

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Liga Espírita Pelotense realiza audiência pública na Câmara Municipal

21 outubro
17:12 2013

Milton Barum fez a abertura da Palestra – ex-presidente da Liga Espírita Pelotense (LEP) -, na audiência pública realizada sábado à tarde na Câmara Municipal. Numa proposição do vereador Anderson Garcia (PTB), o evento homenageou os 66 anos da LEP. Plenário repleto e também as presenças dos vereadores Marcos Ferreira (PT), e Ademar Ornel (DEM). Marilu Brum, presidente da LEP, conduziu as orações no início e encerramento da audiência.

Plenário repleto com representantes de quarenta casas espíritas de Pelotas

Plenário repleto com representantes de quarenta casas espíritas de Pelotas

Barum observou que a mensagem de Jesus, embora nada tenha escrito, foi repassada por doze “irmãos” analfabetos. Somente Mateus, arrecadador de impostos, teria alguma condição para registrar. De acordo com exegetas, o ensinamento cristão, presente na Bíblia, já sofreu mais de oitenta mil modificações. Na esteira, manifestam-se 470 seitas cristãs. A confusão tem sido tamanha que, somando-se os massacres dos maiores imperadores da história, montante não chega a 1/3 do que fizeram os cristãos. A exemplo, grandes guerras “cristãs”, templários, Cruzadas, Inquisição, e o extermínio de civilizações como os maias e astecas. Barum também mencionou Hitler e Stálin como cristãos. Como contraponto, o palestrante citou Gandhi. O líder indiano foi convidado para ser cristão, mas recusou. No entanto, afirmou que, se fossem perdidas todas as bibliotecas, mas restasse o Sermão da Montanha, não se perderiam os ensinamentos sobre a vida. E Barum acrescentou que Mateus ainda teria mais a ensinar, porém não divulgou “já que os homens não entenderiam”.

O palestrante dedicou-se a narrar sobre a trajetória do pedagogo Hippolyte Léon Denizard Rivail (1804/1869). Autor de livros para o ensino de crianças, também ensinava gratuitamente à noite. No século 19, diante dos inúmeros fenômenos que se manifestavam pelo mundo, como as “mesas girantes”, soube que numa encarnação anterior havia sido o sacerdote druida Allan Kardec. A designação foi sua opção para assinar os livros, pois considerava que as “obras” eram repassadas por espíritos. Em 1861, Bispo de Barcelona retirou os livros de Kardec na alfândega para depois queimá-los. O episódio ficou conhecido como “Auto de fé de Barcelona”. Barum também comentou abreviadamente, sobre os livros de Kardec: “Livro dos Espíritos”; “Livro dos Médiuns”; “O evangelho segundo o espiritismo”; “O céu e inferno”; “A gênese”. No epitáfio de Kardec, escrito por Flamarion: “Nascer, viver, morrer; renascer ainda e progredir sempre. Tal é a lei”.

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