LIVRO : O casulo da desventura e submissão
Sábado às 18h30min na Bibliotheca Pública, Charlie Rayné autografará “A mulher borboleta”
Por Carlos Cogoy
Conto ambientado nos anos sessenta, sendo que a personagem Izabel revê etapas de sua jornada. Esse voo pela história pessoal, remete a primeiras décadas do século passado. Ideia que move a ficção de autoria do escritor pelotense Charlie Rayné. Amanhã na Bibliotheca Pública Pelotense, ele estará autografando “A mulher borboleta e outros textos de casulo”. Sobre o livro, Charlie Rayné menciona: “É uma análise da submissão feminina, um relato da sociedade patriarcal e de como a mulher se anulou por tanto tempo, presa no seu casulo. É para o público adulto. E já foi trabalhado com os alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA), na escola Luiz Augusto Assumpção”. No lançamento, que terá início às 18h30min, apresentação de esquete teatral. Trata-se de adaptação do livro, com a participação da professora e atriz Karen Schiller, bem como alunos da Escola Luiz Augusto Assumpção. O volume será comercializado a R$30,00. Conforme o autor, 50% serão destinados ao trabalho assistencial do Lar Irmão Fabiano de Cristo.
BORBOLETA – O escritor divulga: “O livro apresenta Izabel, borboleta de uma asa só, que abre as portas de sua vida para expor ao leitor suas desventuras no amor, mais precisamente suas fracassadas tentativas de casar. Vai a todos os casamentos da cidade, pega o buquê em todos, mas parece ser marcada pela solidão Dentro do seu casulo, o casarão centenário da filha, conta em pormenores as histórias de submissão, preconceitos e impedimentos que passa. Em meio a fantasmas do passado, vestidos e buquês, a personagem se prepara para o ‘grand finale’ de sua vida, a outra asa e o casamento”. O livro terá lançamentos na Feira do Livro de Pelotas, encontro da Associação Gaúcha de Escritores (AGES), e nos municípios de Lagoa Vermelha e Caxias do Sul. Além disso, diz Rayné, também há convite para lançamento no Rio de Janeiro.
MEMORIAL de Amor Inquieto foi o primeiro livro de Charlie Rayné. Lançado ao fim do ano passado, já está na segunda edição. De acordo com o autor, o sucesso “também se deve muito à teatralização no Rio de Janeiro. Atualmente o espetáculo está fazendo a quarta temporada. O público carioca é o que mais contribuiu para a venda da publicação. E ‘Memorial’ está em todos os Estados, já que muitas vendas foram feitas através de mim. Nas livrarias, por enquanto, somente no Rio de Janeiro, Passo Fundo e Pelotas. Aqui na cidade o livro está na Livraria Mundial e na Cia. dos Livros”.
Charlie Rayné escritor
ESCOLAS – O autor na escola. Charlie explica: “O projeto nas escolas sempre foi um sonho. Eu e uma amiga, a professora e atriz Karen Schiller, elaboramos projeto que começou na escola onde ela leciona, a Luís Augusto Assumpção no Laranjal. O projeto estabelece que o professor trabalhe os textos na sala de aula, através de projetos, como teatralização, leitura dramática e artes plásticas. O ponto alto é o encontro com o autor. Já fiz dois encontros na Escola e foi uma emoção gigantesca. Lugar de Escritor atualmente deve ser na Escola. A falta de leitura é uma escuridão na apredizagem. O fato de estar presente na Escola, estimula os alunos a beber mais das fontes literárias”.
CRÔNICAS Verdes será o novo livro. Trata-se de obra que abrangerá a imaturidade do jovem, diante das escolhas no caminho.
