Diário da Manhã

domingo, 05 de maio de 2024

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LUZ PARA TODOS: Interpretações espíritas à homossexualidade

09 setembro
18:03 2014

Nesta quarta (10/9)  às 20h, Gladis Pedersen de Oliveira abordará “Homossexualidade – afetividade e comprometimento”

Por Carlos Cogoy

Palestrante Luiz Augusto Salles das Neves e Carlos Antônio Dutra

Palestrante Luiz Augusto Salles das Neves e Carlos Antônio Dutra

Como acontece anualmente, o Centro Espírita Jesus – Praça José Bonifácio 52 -, está realizando mais um ciclo de palestras “Luz para Todos”. Neste ano a temática é a homossexualidade, e hoje às 20h acontecerá palestra com Gladis Pedersen de Oliveira (Federação Espírita/RS). No evento, apresentação artística da Comunidade Terapêutica Santa Fé. Conforme Carlos Antônio Dutra, que preside o Centro Jesus, na programação gratuita é sugerida a doação de quilo de alimento. O ciclo abriu sábado à noite e tem como apoiadores: Liga Espírita Pelotense (LEP); Federação Espírita/RS; Programa Terceiro Milênio; Associação Médica Espírita de Pelotas; TVC; Organização Pelotense de Proteção ao Adolescente e a Criança (OPPAC); Diário da Manhã; rádio Concórdia; Comunidade Terapêutica Renascer; Comunidade Terapêutica Santa Fé e Cred Nova Aliança. Confira a programação completa acessando: centroespiritajesus.org

ABERTURA no sábado com apresentação do Vocal Emoção. À mesa, presidente Carlos Dutra e Daniel Oliveira, representando a LEP. O tema “Relacionamento humano e o evangelho” foi explanado por Luiz Augusto Salles das Neves – Sociedade Espírita Bezerra de Menezes de Santa Maria. Na primeira metade da abordagem, ele lembrou da infância e juventude em Pelotas. A casa da família à rua Prof. Araújo, as brincadeiras, a mudança para apartamento, o futebol no campinho e a mãe zelosa à janela. Na adolescência, procurando a aceitação do grupo de jovens, algumas experiências com o cigarro. Do irmão mais velho, que fumava fora de casa, por vezes apanhava algum cigarro e fumava no banheiro. Aproximando-se da janela, fazia com que a fumaça se fosse. Numa ocasião, porém, a mãe – atualmente com noventa anos -, notou o cheiro e falou “cigarro faz mal”. Desde então, orientado sobre os males, pele que murcha e dedos amarelados, nunca mais fumou. “O jovem geralmente é rebelde, e sente necessidade de provar ao grupo que é um igual. À família quer mostrar que pode dominar a si próprio. Mas ainda não sabe, em relação a atitudes erradas, sobre as consequências no futuro”, disse Luiz Neves.

WOODSTOCK, INTERNETNOVELAS – O palestrante também mencionou as mudanças comportamentais desencadeadas ao final do século 20. E mencionou obra psicografada por Divaldo Pereira Franco em 1970, que anunciava a “chegada de almas para reajuste com a lei divina”. Citando o festival de Woodstock, que simbolizou ruptura com valores conservadores, Luiz Neves fez analogia entre a ebulição dos sessenta e setenta com a “vinda de inúmeros espíritos comprometidos na área da sexualidade”. Houve mudanças no vestuário, comportamento e as enfermidades associadas com a promiscuidade. A internet expandindo-se na década de noventa, embora o incrível avanço tecnológico que representa, também favoreceu a sexualidade desregrada. “Temos importantes informações no Google, mas temos também filmes e diferentes exposições. Com isso, alimenta-se a maldade que está em nós. E é comum pensar: ‘Quero fazer o bem e não consigo, já o mal consigo com facilidade’. Em nossa época, jovens acessam internet no tablet, smartphone, notebook. E são incentivados, querem fazer igual. Porém, não percebem que o sexo é divino. Desde os primórdios da Terra quando, num influxo, duas bactérias de uniram para a reprodução. Nos animais há necessidade de  colóquio para a continuidade. Entre os seres humanos, macho e fêmea num encontro que troca energia. Então por que deformar isto? A maldade está em nós, e Joana de Angelis comparou que, em duzentos mil anos de humanidade, apenas trezentos anos foram sem guerras. Nas novelas temos observado a recorrência em relação à homossexualidade. Num primeiro momento discordei, mas entendo que a Globo tenha interesse em alertar contra o preconceito”, argumentou.

Apresentação do Vocal Emoção na abertura e encerramento FOTOS: Cogoy

Apresentação do Vocal Emoção na abertura e encerramento
FOTOS: Cogoy

VESTIDO DE NOIVA – Na infância, disse o palestrante, era vestido de noiva pela irmã mais velha. A avó recomendava “Cuidado”. Para Luiz Nunes, a brincadeira não afetou sua individualidade. Ele explica: “Meu comportamento não se alterou, pois quando escolhi encarnar, optei pela polaridade masculina. Então não fui afetado pela polaridade feminina. O meio não nos altera quando nós não queremos”. Na visão espírita, a homossexualidade, conforme o palestrante, está associada ao carma e algumas contingências. Em relação ao carma e, enfatizando a “maldade” humana, salientou que o atraso é tanto que ainda é necessária uma delegacia da mulher. E exemplificou com as mulheres que são agredidas, vítimas da violência domésticas, bem como aquelas ainda cerceadas em países do Oriente Médio. O agressor, disse Luiz Nunes, que desrespeita mulheres e crianças, as leis divina e terrena, poderá resgatar sua dívida num corpo feminino com sensações masculinas ou, ao contrário, invertendo polaridades. Outra situação, refere-se ao espírito que encarnou muitas vezes num corpo masculino e, ao retornar como mulher, ainda mantém lembrança. O descompasso pode ocasionar desajustes na matéria. Noutro exemplo, almas que muito se afinaram, casaram e, num retorno, estão com a mesma polaridade física.

RESPEITO – Para Luiz Neves, não deve haver preconceito. Mas também o homossexual deve, como o hetero, buscar conduta sem a promiscuidade na matéria. Ele mencionou colegas de trabalho que, homossexuais, são competentes profissionais e tem uma vida digna. Numa casa espírita, o homossexual pode ser médium, passista ou dirigente de grupo, porém, a orientação é para que não “apareça vestido de baiana”, brincou o palestrante.

 

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