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quinta, 14 de novembro de 2024

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Manter hábitos antigos após a bariátrica pode colocar em risco resultados da cirurgia

Manter hábitos antigos após a bariátrica pode colocar em risco resultados da cirurgia
06 março
13:20 2020

  Especialista ressalta importância do acompanhamento pós-operatório multidisciplinar para evitar problemas

A gastroplastia, também chamada de cirurgia bariátrica ou redução do estomago, é uma das opções mais indicada para quem está lutando contra os problemas relacionados à obesidade. A cirurgiã do aparelho digestivo que atua na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo Dra. Carina Fernandes Barbosa revela que o procedimento pode ajudar a reduzir diabetes, hipertensão, enxaqueca, depressão, apneia do sono, colesterol alto, asma, esteatose hepática, doença do refluxo, ovários policísticos, incontinência urinaria, osteoartrite, varizes e gota.

No entanto, segundo a especialista, para obter e manter os bons resultados com o procedimento, é fundamental promover uma mudança de hábitos.

“O reganho de peso pós-cirurgia bariátrica, normalmente, está vinculado à ausência de mudança no estilo de vida dos pacientes. A falta de atividade física, más escolhas alimentares e o não acompanhamento psicológico estão entre os agravantes”, alerta a especialista.

De acordo com dados de 2017 da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), cerca de 15% das pessoas que fazem o procedimento não conseguem manter bons resultados.

Para combater esses números, a médica conta que a Rede São Camilo de São Paulo criou um programa que é conduzido por uma equipe multidisciplinar, cujo foco é dar suporte especializado aos pacientes que realizam a cirurgia.

“A equipe é composta por nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas e/ou preparadores físicos. Esse time, juntamente com o cirurgião bariátrico, acompanha o paciente desde a pré-cirurgia até o pós-operatório, dando todo o apoio necessário na jornada da cirurgia bariátrica.”

O acompanhamento é feito individualmente através de consultas, e o direcionamento pode variar para cada paciente. “Em alguns casos, como da obesidade mórbida, por exemplo, o tratamento é crônico e multifatorial, e depende de diversos profissionais atuando em sua área específica para que seja possível identificar as causas e definir a melhor abordagem”, explica.

Além disso, também são realizados encontros periódicos, onde os pacientes têm a oportunidade de conhecer pessoas que vivenciaram situações parecidas e podem compartilhar suas experiências. “Essa troca é muito rica, os pacientes encontram apoio uns nos outros e encaram as mudanças físicas e emocionais com mais disposição”, comenta Dra. Carina.

Protocolo ERAS reduz tempo de recuperação

                Indicada para pacientes com IMC acima de 35 ou 40, com comorbidades, e para aqueles com IMC acima de 30, portadores de Diabetes Mellitus tipo 2, insulinos dependentes com difícil controle da doença, a bariátrica pode ser realizada por diferentes métodos.

A cirurgiã cita o Bypass Gástrico em Y de Roux e a Gastrectomia Vertical, podendo ser feita por cirurgia robótica, como as opções que permitem recuperação mais rápida, sobretudo quando aliadas ao Protocolo ERAS (Enhanced Recovery After Surgery, Otimização da Recuperação Pós-Operatória).

Trata-se de um conjunto de práticas aplicadas ao pós-operatório, que integra as equipes médicas às multidisciplinares com o objetivo de alinhar processos para reduzir complicações no pós-operatório e, consequentemente, diminuir também o tempo de internação hospitalar.

O Hospital São Camilo foi o primeiro hospital privado do país a aplicar o ERAS na bariátrica e os ganhos são significativos. “As práticas promovem uma cirurgia sem grandes cortes, drenos ou sondas, portanto questões como dor pós-operatória e náuseas são mínimas”, comemora.

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