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segunda, 25 de novembro de 2024

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Melanoma: a pele também merece cuidados no inverno

Melanoma: a pele também merece cuidados no inverno
18 maio
16:11 2018

Apesar de ser menos comum, a doença é considerada o tipo de câncer de pele mais perigoso

Com a proximidade do inverno as pessoas podem esquecer a importância de se proteger do sol e cuidar da pele, mas saiba que devemos ter essa preocupação durante o ano todo. É um erro imaginar que os raios ultravioletas não prejudicarão a nossa pele no frio. Não proteger a pele é um hábito que exige atenção, pois pode propiciar o surgimento de uma doença chamada melanoma – considerado o tipo câncer de pele mais grave.

A doença acontece a partir da proliferação desordenada das células que dão cor a nossa pele, gerando as lesões cancerosas. A exposição solar com queimaduras e, até mesmo, defeitos genéticos podem estar associados ao seu surgimento. “As lesões geralmente têm cores variadas, como preto, castanho e azulado, até mesmo tonalidades da cor da pele, bordas irregulares e tamanho maior do que 0,5 cm”, explica o dermatologista da Cia. da Consulta Felipe Emanuel.

O diagnóstico precoce pode evitar complicações e a disseminação da doença para outros órgãos, como a própria pele, os pulmões, os ossos ou o cérebro. “As chances de cura são próximas de 90% caso o melanoma seja diagnosticado precocemente”, ressalta Felipe.

De acordo com o médico, estudos mostram que a utilização de proteção solar pode prevenir entre 50 a 80% dos cânceres de pele – dentre eles o melanoma. Por isso, é importante evitar a exposição solar em horários de pico, entre 10 e 16 horas mais especificamente, priorizar roupas com fator de proteção, utilizar chapéus e, por fim, fazer uso do protetor solar.

O verão não é a única época do ano que exige atenção, pois ambientes com água e neve refletem a radiação potencializando possíveis queimaduras – inclusive no inverno. Altitudes elevadas, como cordilheiras e ambientes montanhosos também apresentam maior incidência de raios solares. Mesmo em tempo nublado, eventualmente podemos ter queimaduras solares.

Para escolher o melhor filtro solar, Felipe Emanuel dá uma dica valiosa. “Avalie os rótulos e procure proteção não só para os raios UVB, representado pela sigla FPS e mais relacionado à prevenção do câncer de pele, mas também proteção para os raios UVA, representado geralmente pela sigla PPD ou UVA, que está mais relacionada ao fotoenvelhecimento”, indica.

Além de escolher produtos que se adaptem melhor à oleosidade e características de cada pele, o ideal é que o FPS seja maior ou igual a 30. “Não quer dizer que filtros solares 15 não funcionem, mas sim que existe uma aplicação deficiente na maioria dos casos”, ressalta o dermatologista. Para não errar, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) indica uma colher de chá para cabeça, rosto e pescoço, uma para cada braço, duas para dorso alto e região do tórax e duas para cada perna.

Para manter a saúde em dia, não deixe de visitar o dermatologista e realizar os exames de rotina. Somente uma avaliação clínica é capaz de identificar possíveis alterações na pele com antecedência, sejam elas um câncer de pele ou outros problemas dermatológicos mais simples. A pele é o maior órgão do corpo e a nossa primeira barreira contra influência externas, por isso não deixe de reservar um tempo do seu dia para cuidar dela.

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